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[Lista] 5 traições famosas na literatura

Entre as mentiras mais contadas na literatura, certamente as traições são as mais frequentes. De mulheres infelizes em casamentos arranjados a relações incestuosas, incluindo muitos assassinatos e vinganças, os adultérios são quase onipresentes na literatura. Aqui, listamos cinco livros, já clássicos, em que eles são centrais para a história. Lembram de mais algum? Contem para a gente nos comentários!

FullSizeRender (46) 1. Dom Casmurro, de Machado de Assis: Difícil deixar a obra prima de Machado de Assis de fora de uma lista como essa, mesmo que, para alguns, o livro não se encaixe perfeitamente no tema. A história do relacionamento de Bentinho, um menino que por pouco não seguiu a vida religiosa por causa de uma promessa da mãe, e Capitu, sua vizinha com olhos de ressaca, é fonte de um sem número de análises, todas tentando responder à mesma pergunta: teria Capitu de fato traído o marido com seu melhor amigo?

Há argumentos que pendem para os dois lados. Desde o começo, Bentinho se mostra uma figura possessiva e ciumenta, tentado a encontrar problemas onde eles não existem.

Por falar nisso, é natural que me perguntes se, sendo antes tão cioso dela, não continuei a sê-lo apesar do filho e dos anos. Sim, senhor, continuei. Continuei, a tal ponto que o menor gesto me afligia, a mais ínfima palavra, uma insistência qualquer; muitas vezes só a indiferença bastava. Cheguei a ter ciúmes de tudo e de todos. Um vizinho, um par de valsa, qualquer homem, moço ou maduro, me enchia de terror ou desconfiança.

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[Lista] 5 escritoras para ler mais mulheres

Ler mais mulheres é sempre um objetivo aqui no Achados e Lidos. Para incentivar nossos leitores na semana em que o mundo celebra o Dia da Mulher, listamos cinco escritoras que, em suas obras, contam histórias de personagens femininas fortes e interessantes, seja com base em relatos reais ou fictícios!

1. Xinran: A chinesa Xinran nasceu em Beijing em 1958 e escolheu uma profissão particularmente difícil em um país controlado por um partido pouco afeito à liberdade de expressão: o jornalismo. Em seus livros, entre os quais os mais conhecidos são Testemunhas da China e As Boas Mulheres da China, Xinran parte dos relatos de pessoas comuns para contar a história de um país que passou por transformações traumáticas nos últimos 50 anos, que trouxeram desenvolvimento ao mesmo tempo em que deixaram uma parte dos cidadãos à margem do progresso. 

A escritora, que passou pelo Brasil em 2009, se preocupou, especialmente, em dar voz às mulheres esquecidas nesse processo. Grande parte desses relatos foram colhidos durante o período em que Xinran apresentou um programa de rádio muito popular, Palavras na Brisa Noturna, no qual entrevistava mulheres de diferentes condições sociais para tentar entender como viviam essas personagens em um ambiente opressivo, humilhante e miserável.

A maioria das pessoas que me escreviam na rádio eram mulheres. Geralmente eram cartas anônimas ou assinadas com um nome fictício. Muito do que diziam me causava um choque profundo. Eu achava que compreendia as chinesas. Lendo as cartas, percebi como estava enganada. Elas viviam uma vida e enfrentavam problemas com que eu nem sequer sonhava.

O livro é de uma sensibilidade aguçada e mostra, além das agruras do mundo material, a falta de convívio sentimental que prevalecia na China. 

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[Lista] 5 livros com narradores marcantes

No Clube do Livro do Achados, estamos lendo Enclausurado, de Ian McEwan. O ponto alto desse romance é, sem dúvida, o irreverente narrador – um feto que testemunha, de seu casulo, o plano de assassinato do pai, arquitetado pela mãe e o amante. Embalada por essa trama, resolvi fazer uma seleção com os melhores narradores que encontrei em minhas leituras.

17.03.02_lista_narradores_barbery1. A Morte do Gourmet, de Muriel Barbery: Pierre Arthens, um famoso crítico de gastronomia, tenta em suas últimas horas de vida, na solidão de seu quarto, relembrar um sabor que o marcou, mas ficou nos limbos da memória.

Ele é apenas um dos narradores desse romance composto por múltiplas vozes – o próprio Pierre e pessoas que o conhecem reconstroem os caminhos desse personagem que sacrificou tudo para viver o prazer da boa mesa.

O texto de Barbery, na voz de Pierre, se destaca pela experiência sensorial que proporciona ao leitor. Sabores, culpas, memórias e aromas encontram a combinação perfeita nas palavras desse narrador:

Vou morrer em quarenta e oito horas – a não ser que esteja morrendo há sessenta e oito anos, e que só hoje tenha me dignado a notar. (…) Que ironia! Depois de decênios de comilança, de torrentes de vinho, bebidas alcóolicas de todo tipo, depois de uma vida na manteiga, no creme, no molho, na fritura, no excesso a toda hora sabiamente orquestrado, minuciosamente paparicado, meus mais fiéis lugares-tenentes, o sr. Fígado e seu acólito, o Estômago, portam-se maravilhosamente bem e é meu coração que me abandona. Morro de insuficiência cardíaca. Que amargura também! Recriminei tanto os outros por não o terem em sua cozinha, em sua arte, que nunca pensei que talvez fosse a mim que ele fizesse falta, esse coração que me trai tão brutalmente, com um desprezo mal disfarçado, tal a rapidez com que se afiou o cutelo…

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[Lista] 5 filmes inspirados em livros que ganharam o Oscar

Quando chega o mês de fevereiro, eu e a Mari praticamente trocamos nossas leituras pelas salas de cinema. A corrida para ver os filmes indicados ao Oscar é mais uma das paixões que dividimos. Por isso, nada mais natural que as listas deste mês tenham inspiração cinematográfica.

Na semana passada, a Mari fez uma ótima seleção de cenas lindas de filmes nos quais os livros são protagonistas. Hoje foi a minha vez de puxar na memória cinco adaptações tão bem feitas que a transposição para a telona acabou levando a estatueta de Melhor Filme no Oscar. Lembra de mais algum exemplo? Conte para a gente nos comentários!

o vento levou1. …E o Vento Levou: O clássico de 1939 se baseia no livro homônimo de Margaret Mitchell. A história da sedutora e teimosa Scarlett O’Hara, a personagem principal desse drama sobre a Guerra Civil americana, é uma das mais famosas do cinema. Para escolher a atriz que viveria a personagem na telona, o produtor do filme entrevistou nada menos do que mil e quatrocentas atrizes, entre elas Bette Davis, mas quem acabou ficando com o papel foi Vivian Leigh. A química entre ela e Clark Gable, que faz o papel de Rhett Butler, ainda arranca suspiros dos espectadores.

Coube à Vivian Leigh imortalizar a passagem de encerramento do livro de Mitchell (não se preocupe, não é um spoiler!):

Amanhã, em Tara, hei de pensar em tudo isso. Então terei mais forças. Amanhã pensarei no meio de fazê-lo voltar. Afinal, amanhã é um outro dia.

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[Lista] 12 livros para ler em 2017

Se dezembro é o mês dos balanços, janeiro é o mês dos planos! A lista de hoje reúne 12 livros que quero ler em 2017. Tenho certeza de que surgirão muitos lançamentos e compras aleatórias no meio do caminho, mas isso não é problema: a gente vai aumentando a lista! 😉

1. A Guerra Não Tem Rosto de Mulher, de Svetlana Aleksiévitch: minha melhor descoberta literária de 2016 tem um texto forte e temas pesados, por isso resolvi dar um tempo entre uma leitura e outra. Passados alguns meses de Vozes de Tchernóbil, já estou pronta para A Guerra Não Tem Rosto de Mulher. Também me interessei bastante pelo último lançamento, O Fim do Homem Soviético. Acho que os dois merecem espaço nesta lista!

2. De Amor e Trevas, de Amós Oz: esta será minha primeira leitura extensa do escritor israelense. O livro, que fica entre a autobiografia e o romance, recria, através da simplicidade narrativa de um menino, os caminhos percorridos por Israel no século XX. A obra foi recentemente adaptada para o cinema, sob a direção de Natalie Portman.

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