Nas últimas semanas, tenho gostado muito de ouvir podcasts indo e vindo do trabalho. Já comentei aqui que cheguei atrasada nesta onda, mas estou tentando compensar o atraso. Um dos meus programas favoritos, neste breve período de vício, é o Maria vai com as outras, da revista piauí. Dedicado às mulheres e ao mercado de trabalho, a jornalista Branca Vianna traz, duas vezes por mês, entrevistas com algumas convidadas sobre o tema.

Nesta semana, para contar como é atuar em profissões historicamente masculinas, foram convidadas Adinaildes Gomes, dona de uma empresa de construção civil e motorista de aplicativo, e Karla de Souza, vigilante patrimonial. Anteriormente, para discutir o papel das mulheres na política, a jornalista conversou com as vereadoras Talíria Petrone e Patrícia Bezerra, e com a senadora Kátia Abreu.

São perfis bastante diferentes. Uma coisa apenas as une: todas elas, com a exceção de Talíria Petrone, responderam que não são feministas. Mesmo afirmando, como a senadora Kátia Abreu, que é necessário compensar a saia, o que não dá espaço para que as mulheres errem na política. Ou como Adinaildes, que enfrentou diversas barreiras e preconceitos para ser respeitada como empresária da construção civil.

O que nos leva, fatalmente, a uma pergunta: por que o feminismo virou um palavrão, que mais afasta do que aglutina, mesmo a quem claramente luta por direitos iguais?

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