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[Lista] 5 autores de um livro só

Dá para ser um autor mundialmente reconhecido tendo escrito apenas uma obra relevante? É claro que dá! Nesta semana, selecionamos cinco escritores que publicaram apenas um livro reconhecido por leitores e críticos. Alguns até que tentaram se aventurar por outros títulos e formatos, mas não tem jeito: serão sempre lembrados por uma única obra, que os alçou à fama!

Quer saber quem são? Veja a lista completa abaixo!

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[Resenha] As Três Marias

As três marias, estrelas alinhadas que são referência no céu do hemisfério sul, parte da constelação Orion, têm brilhos diferentes. Uma irradia uma luz mais firme, outra é mais fugidia ou mais hesitante: assim também é a personalidade das três amigas que compõem o romance mais autobiográfico da brasileira Rachel de Queiroz, lançado em 1939.

O apelido é dado logo no início do livro por uma freira do colégio interno em que se passa a primeira metade da história: por estarem sempre juntas, em todos os cantos, Maria José, Maria Augusta e Glória foram logo designadas como As Três Marias, título do livro.

(…) nossa comparação com as estrelas foi como uma embriaguez nova, um pretexto para fantasias, e devaneios. (…) À noite, ficávamos no pátio, olhando as nossas estrelas, identificando-nos com elas. Glória era a primeira, rutilante e próxima. Maria José escolheu a da outra ponta, pequenina e tremente. E a mim me coube a do meio, a melhor delas, talvez; uma estrela serena de luz azulada, que seria decerto algum tranquilo sol aquecendo mundos distantes, mundos felizes, que eu só imaginava noturnos e lunares.

A história é narrada em primeira pessoa por Maria Augusta, ou Guta, como a personagem prefere se apresentar. Depois da morte da mãe e do casamento do pai com uma madrasta correta e bondosa, mas com a qual ela não se identifica, Guta é enviada para o colégio interno.

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[Resenha] Os Irmãos Sisters

Em plena corrida do ouro no oeste dos Estados Unidos, dois irmãos são contratados para liquidar um garimpeiro na Califórnia. Poderia ser mais uma história de faroeste, mas Os Irmãos Sisters, de Patrick deWitt, é um livro de fôlego, em que a missão original da dupla logo cede espaço para uma narrativa que discute compaixão, ganância, fraternidade e moral, ao mesmo tempo em que prende o leitor como poucos romances são capazes.

Boa parte dessa sedução se deve a Eli, o narrador da história. Irmão mais novo da dupla, Eli é a antítese do assassino frio e calculista: sensível, dado a reflexões sobre justiça, ele  se sente desprezado pelo irmão, mas não consegue abandoná-lo.

Entre os desvios de caminho aos quais os dois são submetidos, conseguimos compreender melhor a natureza oposta, mas um tanto complementar, dos dois irmãos. Logo no início do livro, Eli é picado por uma aranha e tem uma forte reação alérgica. Em seguida, uma dor de dente aguda impede que eles prossigam viagem e os dois acabam decidindo pedir abrigo em uma cabana ocupada por uma velha misteriosa.

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[Divã] Os clássicos são machistas?

Já falamos aqui de grandes autoras, de feminismo na literatura, de personagens que amamos, mas um assunto que foi tratado só por tabela, de certa forma, é o machismo na literatura.

O que me fez pensar sobre o assunto foi a lista, publicada há duas semanas, com 5 traições famosas na literatura. O que primeiro veio à mente foram os clássicos do gênero: Madame Bovary, Anna Kariênina, O Primo Basílio, Dom Casmurro… Hum, pera aí, é uma lista só com mulheres no papel de traidora!

Pensei, pensei, pensei e não consegui encontrar nenhum exemplo, ao menos na minha estante, de um clássico da literatura em que a traição de um homem não seja algo supérfluo para a história, banal, esperado, até formador de caráter do personagem. Acabei terminando a lista com Hamlet e a A Besta Humana, no qual as traições são parte de um contexto mais amplo de vingança e assassinato. Ainda assim, também nesses casos, as adúlteras são as mulheres.

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