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[Lista] 5 autores para comemorar a literatura lusófona

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No próximo sábado, 5 de maio, comemora-se o Dia da Língua Portuguesa. A comunidade lusófona é formada por 9 Estados (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) – uma diversidade de sotaques e culturas que faz nosso idioma ainda mais rico.

Para celebrar a data, preparamos uma lista com cinco escritores de língua portuguesa, que se destacam por elevar nosso idioma a outro patamar a partir da literatura.

São autores que nos deixam felizes por termos o português como língua materna, pois assim podemos lê-los no original e apreciar cada significado de sua escrita.

1. Clarice Lispector: uma literatura que escancara a alma humana e desafia os limites da linguagem. Lispector é o perfeito equilíbrio entre forma e conteúdo. Em suas mãos, as palavras estão a serviço do mais nobre propósito: a busca pela essência das coisas. Neste trecho de A Paixão Segundo G.H., essa árdua missão é brilhantemente descrita:

O nome é um acréscimo e impede o contato com a coisa. O nome da coisa é um intervalo para a coisa. A vontade do acréscimo é grande – porque a coisa nua é tão tediosa.

2. João Guimarães Rosa: se tem algo difícil de imaginar é uma obra de Guimarães Rosa traduzida. O mineiro, nascido em Cordisburgo, reinventou a língua portuguesa com a genialidade de sua literatura.

Carlos Drummond de Andrade, outro dos nossos gênios, até tentou desvendar seus segredos no poema Um Chamado João:

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“É foda sair do beco, dividindo com canos e mais canos o espaço da escada, atravessar as valas abertas, encarar os olhares dos ratos, desviar a cabeça dos fios de energia elétrica, ver seus  amigos de infância portando armas de guerra, pra depois de quinze minutos estar de frente pra um condomínio com plantas ornamentais enfeitando o caminho das grades, e então assistir adolescentes fazendo aulas particulares de tênis. É tudo muito próximo e muito distante. E, quanto mais crescemos, maiores se tornam os muros.”

 

Geovani Martins em O Sol na Cabeça

[Canção de Ninar] Semana #4

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O limite tênue que separa o pessoal do profissional e a invisibilidade social de algumas classes trabalhadoras foram os temas centrais no último trecho lido. Onde parecia haver apenas perfeição começam a surgir fragilidades e tensões preocupantes. Para a próxima semana, avançamos até a página 98, ou capítulo 20.

Mariane Domingos e Tainara Machado

O jantar na casa de Myriam e Paul, para o qual Louise é convidada, é um episódio emblemático. A partir de cenas e diálogos sutis, a autora Leïla Slimani carrega a narrativa de significados sociais.

A insistência dos patrões para que a babá participe da celebração, não apenas como cozinheira, mas como convidada, parece, à primeira vista, uma grande gentileza, uma boa forma de reconhecimento. Não demora muito, no entanto, para que o leitor se coloque na pele de Louise e perceba a farsa. A tentativa do casal de incluí-la soa forçada e busca muito mais apaziguar a consciência dos dois, que de algum modo sabiam que a subvalorizavam, do que realmente reconhecer o trabalho da babá. Louise não se sente à vontade, porque, a despeito do clima de festa e de sua condição de “convidada”, aquele ambiente, em nenhum momento, deixou de ser seu ambiente de trabalho:

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[Resenha] As Manifestações

Misturar política com literatura dá certo? Em As Manifestações, a escritora francesa Nathalie Azoulai faz uma aposta corajosa e coloca a temática no centro do seu romance. Mais do que um pano de fundo, a política é a engrenagem que move a narrativa.

Virginie Tessier, Anne Toledano e Emmanuel Teper são três amigos que se conheceram no colégio e tiveram uma juventude intensa, participando das manifestações dos anos 80 em Paris. De origens bastante distintas, esse trio encontra suas semelhanças no movimento político de esquerda que contagiou a França nesse período.

Anne nasceu no seio de uma família judia burguesa, muito culta e simpatizante da direita. Emmanuel, filho de intelectuais, cresceu rodeado pelos debates acadêmicos de esquerda. Virginie, filha da classe média francesa, não foi educada em um ambiente politizado, tampouco culto, mas a realidade proletária de seus pais os aproximava da esquerda.

Ainda no colégio, os amigos organizaram sua primeira manifestação em prol de um garoto de origem árabe, de ótimo desempenho escolar, que corria o risco de não conseguir seu diploma, porque sua família estava à beira de ser deportada. Era um período na França em que a esquerda, enquanto movimento de defesa dos direitos das minorias, era o caminho a ser tomado.

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[Lista] 5 livros para (tentar) entender o Brasil

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Já dizia Tom Jobim que o Brasil não é para iniciantes. “Nem para iniciados”, completou recentemente o cronista Antonio Prata, em um bom texto sobre o que representa a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não dá para discordar. Está cada vez mais difícil compreender como chegamos até aqui e, principalmente, entender para qual rumo devemos seguir. Nesses momentos, o melhor a fazer é olhar o passado e tentar entender o que a história pode nos ensinar. Entre clássicos como Raízes do Brasil, de Sergio Buarque de Holanda, a livros mais recentes sobre a crise econômica, aqui vão cinco títulos para (tentar) entender o Brasil:

1. Raízes do Brasil, de Sergio Buarque de Holanda: Descrito como um “clássico de nascença” por Antonio Candido, este ensaio, publicado em 1936, continua a ser lido por historiadores e demais interessados em entender os traços formadores do país. Holanda, que fez parte de uma geração que buscou refletir sobre nossas raízes, como Caio Prado Jr. e Gylberto Freire, investiga nesse livro os regionalismos que nos deram origem, fala da figura do “homem cordial” e aborda ainda a dificuldade de entender os limites entre o público e o privado, talvez o aspecto mais interessante para refletirmos sobre a atualidade.

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