“Queria a certeza plana dos dias normais, mesmo sabendo bem que no corpo perdurava um movimento frenético e outro, uma rápida aparição, como se tivesse visto no fundo de um buraco um horrível inseto venenoso e cada parte de mim estivesse ainda se retraindo e agitando os braços, as mãos, as pernas. Preciso aprender  de novo – disse – o passo tranquilo de quem acha que sabe aonde está indo e por quê.”

 

Elena Ferrante em Dias de Abandono