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“O poder é a habilidade não apenas de contar a história de outra pessoa, mas de fazer que ela seja sua história definitiva. O poeta palestino Mourid Barghouti escreveu que, se você quiser espoliar um povo, a maneira mais simples é contar a história dele e começar com ‘em segundo lugar’. Comece a história com a flecha dos indígenas americanos, e não com a chegada dos britânicos, e a história será completamente diferente.”

O Perigo de uma História Única, de Chimamanda Ngozi Adichie


“Power is the ability not just to tell the story of another person, but to make it the definitive story of that person. The Palestinian poet Mourid Barghouti writes that if you want to dispossess a people, the simplest way to do it is to tell their story and to start with ‘secondly’. Start the story with the arrows of the Native Americans, and not with the arrival of the British, and you have an entirely different story.”

The Danger of a Single Story, by Chimamanda Ngozi Adichie

[Lista] 5 perfis paternos na literatura

A lista de hoje está bem eclética, no clima de Dia dos Pais, comemorado ontem! Dos clássicos até a literatura contemporânea, buscamos na estante algumas figuras paternas famosas no mundo dos livros, seja pelo exemplo, seja pela falta dele!

Lembrou de algum pai que ficou de fora? Conte para gente nos comentários!

1. Hamlet, de William Shakespeare: Nesta célebre história, o pai de Hamlet, príncipe da Dinamarca, passa a assombrá-lo após a sua morte, acusando seu irmão de tê-lo assassinado para se casar com sua mulher, Ofélia. Hamlet então decide armar um plano para descobrir se seu pai estava falando a verdade ou não. Ao explorar o limite entre a sanidade e a loucura, essa obra-prima da literatura inglesa influenciou inúmeros escritores, de James Joyce a Ian McEwan. 

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“Com frequência fazíamos perguntas cujas respostas já sabíamos. Talvez fizéssemos isso para não precisarmos formular as outras perguntas, aquelas cujas respostas não queríamos saber.”

 

Chimamanda Ngozi Adichie em Hibisco Roxo

[Resenha] As Alegrias da Maternidade

Indicação da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie para o kit da Tag Livros de outubro do ano passado, As Alegrias da Maternidade (Tag Livros, 320 páginas), de sua compatriota Buchi Emecheta, é um romance que faz o leitor perder o fôlego a cada página. Sua narrativa é envolvente não só capítulo a capítulo mas também no todo, já que a escritora costura, com habilidade, episódios cotidianos de personagens fortes a temas áridos como gênero e raça.

Nnu Ego, proganista da história, é filha da paixão entre Agbadi, grande caçador e chefe de um tribo igbo na região de Ibuza, e sua amante Ona, jovem cujo caráter voluntarioso não se adequava aos padrões esperados de uma mulher naquele contexto.

Diferente da mãe, que não queria constituir família, apenas encontrar um homem que a engravidasse de um filho homem para que ela entregasse ao pai e garantisse a continuidade de sua linhagem, Nnu Ego esperava encontrar no casamento e na maternidade sua plenitude. Para ela, não havia outro caminho para uma vida bem-sucedida.

Em seu primeiro matrimônio, já começam as desilusões. Ela se casa com um jovem que era quase um espelho de seu pai – viril, belo, corajoso e líder. A demora para engravidar leva o marido a procurar uma segunda esposa e, quando esta logo lhe dá o que ele tanto procurava, Nnu Ego é marginalizada sob a insígnia de mulher estéril e incapaz de cumprir suas obrigações.

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[Lista] 15 escritoras que você precisa ler

Um blog escrito por duas mulheres não poderia passar a semana do Dia Internacional da Mulher sem uma lista como esta, não é mesmo? Como disse Rebecca Solnit, em um dos ensaios da coletânea A Mãe de Todas as Perguntas, “a história do silêncio é central na história das mulheres”. Acreditamos que a literatura, enquanto espaço de fala, tem um papel fundamental na virada desse jogo. Vamos, então, ler mais mulheres e contribuir para um futuro com menos vozes femininas silenciadas? O que não faltam são opções!

1. Alice Munro: a canadense, Nobel de Literatura, é considerada a “mestra do conto contemporâneo”. Os personagens fortes, quase sempre mulheres, e a linguagem precisa de Munro garantem que seus textos, mesmo que breves, tenham a profundidade de um romance. Por aqui, já publicamos a resenha de Fugitiva.

2. Chimamanda Ngozi Adichie: quem acompanha o blog há um tempo dispensa a apresentação dessa autora nigeriana, de quem tanto falamos por aqui. Nosso primeiro Clube do Livro foi com um título dela, Hibisco Roxo, e a Tatá também já escreveu um pots bastante esclarecedor do porquê essa escritora tem que fazer parte da sua lista de leituras: 5 razões para ler e amar Chimamanda Ngozi Adichie.

3. Clarice Lispector: dona de uma prosa poderosíssima, que escancara a alma humana e desafia os limites da linguagem, Lispector é um dos maiores nomes da literatura mundial. Nós, brasileiros, ainda temos a sorte de poder lê-la no original e captar toda beleza e profundidade da sua escrita. Aqui no Achados, já resenhamos A Paixão Segundo G.H.

4. Margaret Atwood: descobri a literatura de Atwood no ano passado, quando lemos Dicas da Imensidão, sua coletânea de contos, em nosso Clube do Livro. Nessa mesma época, foi lançada a série baseada em seu romance O Conto da Aia. Com uma linguagem precisa e cortante, Atwood se destaca por colocar em pauta fortes embates e dilemas morais sob uma narrativa fluida e bem construída.

5. Maria Valéria Rezende: uma das melhores descobertas que a Flip 2017 me proporcionou! Talento da literatura brasileira contemporânea, bem-humorada e sem papas na língua, essa freira missionária de 76 anos, que vive em João Pessoa e dedicou grande parte da sua vida à educação e aos direitos humanos, tem uma literatura que expressa as cores do nosso país, sem perder de vista nossos problemas mais urgentes e a condição da mulher na sociedade. Veja a resenha do seu romance Quarenta Dias.

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