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A Trilogia de Nova York (Companhia das Letras, 344 páginas) é o tipo de livro que surpreende. À primeira vista, parece um romance policial, mas, à medida que as tramas evoluem, percebemos que as empreitadas detetivescas são apenas a superfície de questionamentos que vão muito além de um mistério policial. São três histórias que se passam na cidade de Nova York e que compartilham muito mais que o cenário agitado de uma grande metrópole e o tom noir.

Na primeira narrativa, Cidade de Vidro, um escritor de romances policiais cheio de problemas em sua vida pessoal acaba se tornando, por acaso, detetive de uma investigação particular. O que era, até então, para ele, apenas objeto de ficção se torna sua realidade. E, para deixar a trama ainda mais intrincada, um dos personagens leva um nome pra lá de familiar: Paul Auster. Você já pode imaginar quantas conexões malucas essa leitura permite!

Fantasmas, a segunda história do livro, segue a linha de detetives, perseguições e mistérios. São quatro personagens, todos eles com nomes de cores, cujos caminhos se cruzam por uma investigação. Um deles é contratado como detetive particular para vigiar o outro, sem saber os motivos. Sua tarefa é apenas observar e relatar. No entanto, essa busca, por si só cheia de mistérios, acaba virando uma obsessão perigosa.

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