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[O Mestre e Margarida] Semana #4

Entre desaparecimentos suspeitos e um ambiente endiabrado, continuamos a mergulhar no passeio por Moscou proposto por Mikhail Bulgákov em O Mestre e Margarida. De forma provocativa, o autor russo coloca o diabo como o mestre da magia negra, capaz de fazer desaparecer pessoas com facilidade. Pelo paralelo com Stálin e as críticas nem sempre sutis ao regime político da União Soviética, o livro de Bulgákov só foi publicado em seu país em 1973. Continuamos empolgados com essa leitura ao mesmo tempo espantosa e intrigante!  Está acompanhando conosco? Na próxima semana vamos até a página 124, ou capítulo 12, caso você não tenha a edição da foto!

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Não existe infelicidade maior do que a perda da razão.

Esse pensamento, que vem à mente do poeta Riúkhin ao deixar a clínica psiquiátrica, onde foi instalado Bezdômny, provoca uma reflexão interessante no leitor de O Mestre e Margarida. Ao narrar a chegada do Diabo e de sua comitiva à Moscou, em uma prosa delirante, o autor russo parece questionar a sanidade de todo um povo diante do autoritarismo de um regime em que as pessoas desapareciam do dia para a noite, sem deixar vestígios.

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[O Retrato de Dorian Gray] Semana #12

Mais um clássico lido! Começamos 2018 em grande estilo, com O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde. Agradecemos a todos que acompanharam esse clube conosco e, sobretudo, às leitoras que nos enviaram suas opiniões.

Em breve, lançaremos em nosso Instagram uma enquete para a escolha do próximo título. Já adiantamos que serão duas escritoras: uma do século XIX e a outra contemporânea. Acompanhe!

Fernanda Marinho

Participar da leitura do Clube do Livro do Achados & Lidos para a obra O Retrato de Dorian Gray foi muito divertido! O ritmo de leitura apontado e os posts semanais do blog ajudaram muito a completar as metas de um forma tranquila e proveitosa, sem falar nas reflexões incríveis que a leitura desse clássico me proporcionou!

Eu só tenho agradecimentos ao blog Achados e Lidos, por terem feito esse projeto, pelo sorteio do exemplar (!!!!) e por terem desenvolvido o acompanhamento com os participantes de forma tão legal! Mal posso esperar pelo próximo Clube!

Gabriela Domingos

Um livro que prende a atenção por ter altas emoções em seu desenrolar. Figuras interessantes povoam a história. Um personagem que leva uma vida de aparências. Um pintor que usa seus dotes artísticos para produzir uma obra que transborda os limites da relação arte e vida. E outro que sabe exercer uma grande influência nas pessoas (ah, como foi bom ler que sua mulher o abandonou!). Assim, temos um bom romance que problematiza diversas questões, entre elas a moral, a beleza, o tempo, a juventude, a arte e a influência. A leitura permitiu contextualizações, reflexões e abordagens bem atuais.

Lilian Cantafaro

Após a leitura do livro, cheguei à mesma conclusão que o Achados & Lidos, de que Oscar Wilde finaliza sua obra com Dorian Gray enfrentando sua consciência. Porém, achei que o final que Oscar Wilde dá aos personagens James Vane (sua morte acidental deixa Gray livre para continuar vivendo conforme lhe conviesse) e Lord Henry (não o castigando por ele ter influenciado os atos de Dorian) deu um peso ainda maior para que Dorian Gray fosse seu único algoz e assumisse a responsabilidade de seus atos enfrentando seu fantasma, a putrefação de sua alma personificada por seu retrato.

Meire Domingos

Gostei muito dos personagens de O Retrato de Dorian Gray. Cada um deles tem um aspecto que contribui para a história. Lorde Henry foi talvez o que mais me chamou atenção, porque ele direciona a narrativa a partir dos seus comentários, às vezes bastante diretos, outras vezes, sutis. O tema da influência me pareceu ainda mais forte que o do culto à aparência. Embora percebesse como o amigo o manipulava, Gray não conseguia se desvencilhar. No fim, as palavras têm tanto poder quanto as ações.

Outro aspecto que me surpreendeu bastante foi como o escritor vai tornando a história cada vez mais sombria. O capítulo em que Gray se livra do corpo de Basil me deu arrepios!

Por fim, foi muito bom acompanhar o clube. Minhas filhas também estavam participando e, a cada semana, quem lia o trecho primeiro tinha que se segurar para não dar spoilers, rs! Parecia que estávamos acompanhando uma novela ou uma série. Gostei muito da experiência!

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