Estamos em março de 2018. Desde o início do ano, comprei apenas um livro. Passei incólume às promoções de Dia Internacional da Mulher e aos descontos de Dia do Consumidor. Estou orgulhosa de mim, sim ou claro?

Tenho tentado ser menos consumista em todos os aspectos da minha vida. Meu novo mantra é o do personagem Julius no seriado Todo Mundo Odeia o Chris: “se eu não comprar, o desconto é maior”. Mas quero deixar claro que acho a palavra “consumismo” inadequada para literatura já que ela se refere à compra de bens supérfluos. Desde quando livros são supérfluos, rs?! De qualquer forma, achei melhor reduzir as idas às livrarias e nem abro mais os e-mails da Amazon. O que os olhos não veem o coração não sente.

A segunda motivação é que estou com um sério problema de espaço. Meus livros estão espalhados pela casa. Minhas prateleiras já têm duas fileiras. Autores compatriotas ou livros da mesma coleção estão separados porque não cabem mais no mesmo local. Eu e minhas manias de organização sofremos ao ver essa situação. Quando vou fazer uma foto para um post no blog, especialmente as listas que costumam englobar vários títulos, tenho que colocar minha casa abaixo para procurar os exemplares. Também não foram raras as vezes em que quase comprei um livro pela segunda vez, porque alguns títulos estão guardados tão escondidos que me esqueço de que os tenho.

A vontade de economizar e a escassez de espaço, no entanto, não são as principais razões para um 2018 mais contido. Estou trabalhando para diminuir também minha ansiedade literária. Não demorei muito para perceber que o tempo que eu tinha disponível não condizia com meu ritmo de compra de livros. Desde que começamos o blog, eu e a Tatá temos ganhado muitos títulos. Sem contar a assinatura da Tag Livros que traz um exemplar novo todo mês. Resultado? Uma pilha cada vez maior de livros não lidos.

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