Para a próxima semana, avançamos mais dois capítulos até a página 134 (se você tem a edição da foto).

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Parece que estamos assistindo a um filme. O início de A Besta Humana já é cheio de fortes emoções e muitas cenas de ação. Se alguém poderia pensar que o livro escrito em 1890 seria arrastado, engana-se logo de cara.

No primeiro capítulo, já temos uma revelação surpreendente e um plano mirabolante de assassinato. Somos apresentados a Roubaud, subchefe da estação de Le Havre, casado com Séverine, uma jovem de beleza mediana, protegida de Grandmorin, um burguês de carreira bem-sucedida que chegou à presidência do tribunal de Rouen. Embora Roubaud sempre tenha sido um ótimo funcionário, não há dúvidas de que foi o empurrãozinho do velho Grandmorin que o levou à subchefia. Séverine é filha de uma das empregadas do presidente aposentado. Quando sua mãe morreu, Grandmorin tomou a responsabilidade da criação da menina.

Roubaud sentia-se muito sortudo por ter se casado com Séverine e, por vezes, não se achava merecedor dela e de todos os benefícios que o casamento lhe trouxe. Essa crença, no entanto, cai por terra no início no livro, quando ele entende melhor porque foi o escolhido para esse casamento. Tudo começa com uma viagem à Paris, por causa de um problema de trabalho de Roubaud. Séverine decide acompanhá-lo para fazer compras.

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