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[Lista] 5 livros que marcaram minha infância

Como ainda estamos no mês das crianças, nada melhor do que listar aqueles livros inesquecíveis que marcaram o começo da nossa vida de leitor e abriram as portas para todo um universo que nos esperava nas estantes de casa. De Monteiro Lobato a Ziraldo, passando por Harry Potter, claro, aqui estão cinco livros que marcaram minha infância e foram essenciais para desenvolver minha paixão pelo mundo literário – e que continuam a encantar novas gerações de leitores.

1. Memórias de Emília, de Monteiro Lobato: A Emília era de longe minha personagem favorita do Sítio do Pica-Pau Amarelo, a série escrita por Monteiro Lobato. A boneca irreverente e inteligente, sempre com uma pergunta perspicaz na ponta da língua de pano, foi das primeiras personagens femininas fortes que guiariam meu gosto pela leitura nos anos seguintes.

Emília, que ganhou o dom da fala ao ingerir uma pílula dada pelo Doutor Caramujo, decide escrever suas memórias e atribui a missão ao Visconde de Sabugo. Entre pérolas sobre filosofia e linguagem, Monteiro Lobato faz das narrações de Emília uma reflexão interessante sobre biografias, verdades e mentiras. Uma leitura que não envelhece!

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“Todos os anos, quer dizer, o ano passado e o outro, porque antes é muito antigo e eu não me lembro, o papai e a mamãe discutem muito para saber onde passar as férias e depois a mamãe chora e diz que vai para casa da mãe dela, e eu choro também porque eu gosto muito da casa da vovó mas na casa dela não tem praia, e no fim a gente vai para onde a mamãe quer e nunca é na casa da vovó.”

 

Goscinny e Sempé em As Férias do Pequeno Nicolau

Praticando o desapego

leitor-no-divaSe há um problema com o qual todo leitor vai se deparar, cedo ou tarde, este é o espaço. A depender do tamanho da sua casa, da disposição das estantes e de suas prioridades (sinto muito por quem também coleciona DVDs), esse encontro de contas pode vir logo ou demorar uns bons anos, mas é inevitável.

O meu aconteceu há pouco tempo. Mudei-me recentemente para uma casa menor e com muito menos armários e prateleiras. Para a minha sorte, o apartamento novo tem uma bela estante, mas há o inconveniente de que ela não é toda minha. Pior ainda, tenho que dividi-la com livros de direito, que ocupam um espaço enorme.

Por isso, fui obrigada a praticar o desapego. Gostaria de poder escrever que foi uma experiência libertadora, que eu consegui reduzir a coleção a uma lista seleta de títulos bem escolhidos e que doei tudo o que tinha, mas seria uma mentira. Até porque a separação não foi traumática: a parte da minha (já não tão) pequena biblioteca que eu não pude trazer ficou na minha mãe.

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