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[Divã] Esta é uma obra de ficção

Há alguns dias, ganhei um Kindle da minha irmã. Uma das primeiras etapas da configuração do aparelho é uma pergunta sobre preferências, para que eu receba recomendações alinhadas aos meus gostos. Eu, sempre tão indecisa nas definições de preferidos, sobretudo quando o assunto é livro, não hesitei nem um segundo em marcar o gênero “Literatura ficção”.

Leio biografias, livros-reportagem, ensaios, mas nenhuma categoria me atrai tanto quanto a ficção. Não sei bem as razões dessa inclinação. Às vezes, penso que é vontade de fugir do mundo. Outras vezes, acho justamente o contrário: busco na ficção a compreensão da realidade. Mas será que esses dois universos são assim tão separados?

O blog tornou-me uma leitora mais curiosa. As páginas de um romance já não me bastam para entender a obra. Mergulho em prefácios, epílogos, orelhas, pesquisas na internet ou em outros livros – tudo para conhecer mais detalhes da vida do escritor e, quem sabe, encontrar pistas que me ajudem a compreender melhor o que acabei de ler.

A literatura, enquanto forma de expressão, carrega a história de cada indivíduo. Por mais distante ou surreal que pareça um enredo, há sempre algum aspecto que veio da experiência de vida do escritor. Pode ser um lugar, um personagem ou uma cena: a ficção está constantemente flertando com a realidade.

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[Lista] 5 lugares fictícios da literatura

Criar uma história e um personagem já requer uma habilidade admirável. Imagine, então, inventar um lugar que não existe? Cidades, países, reinos e mundos novos: a literatura está cheia desses cenários que nos encantam e nos intrigam com suas paisagens e culturas diversas, nem sempre tão distantes de nossa realidade. Na lista de hoje, separei 5 lugares fictícios, de fábulas a distopias, que exploram o imaginário para abordar dilemas políticos e filosóficos.


17.03.27_lista_lugares_ficticios_21. Macondo, em Cem Anos de Solidão:
impossível não incluir nessa seleção a aldeia fictícia mais famosa da literatura latino-americana. Gabriel García Márquez, escritor colombiano mestre do realismo mágico, deu vida a Macondo a partir da incrível história das sete gerações da família Buendía, cujas raízes estão no mítico povoado. O apogeu e o declínio da aldeia se confundem com os sucessos e fracassos da estirpe.

Macondo era então uma aldeia de vinte casas de pau a pique e telhados de sapé construídas na beira de um rio de águas diáfanas que se precipitavam por um leito de pedras polidas, brancas e enormes como ovos pré-históricos. O mundo era tão recente que muitas coisas careciam de nome, e para mencioná-las era preciso apontar com o dedo.

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