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[Lista] 5 epígrafes marcantes

Quase ninguém presta atenção nelas, mas são uma das minhas partes favoritas de um livro. Posicionadas logo antes do sumário ou de um capítulo, as epígrafes podem ser uma frase, um parágrafo, um poema ou até mesmo um versículo. São utilizadas para introduzir, de maneira lírica, o mote da obra. Gosto de lê-las antes de começar o livro e, novamente ao final, para confirmar o quão acertada foi a escolha do escritor. Muitas vezes, me servem como critério decisivo de compra – um livro com uma epígrafe instigante sempre ganha meu coração! Abaixo, listei cinco das minhas preferidas.

1. Amada, de Toni Morrison

Chamarei meu povo
ao que não era meu povo;
E amada
à que não era amada.

ROMANOS 9, 25

Esse versículo bíblico do livro de Romanos, no Novo Testamento, foi a escolha de Morrison para abrir Amada, sua obra-prima. Vencedor do Pulitzer e eleito em 2006 o livro de ficção mais importante dos últimos 25 anos nos Estados Unidos, o romance é centrado em Sethe, uma ex-escrava, que após fugir da fazenda onde havia sido cativa desde o nascimento, se instala, com sua caçula Denver, na casa da sogra. Obrigada a lidar com perdas durante sua vida toda, Sethe irá enfrentar os fantasmas de uma consciência atormentada pela morte da outra filha, há quase 20 anos.

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[Resenha] Assim Começa o Mal

Até onde somos capazes de chegar em busca da verdade? Essa é a grande saga de Juan de Vere, narrador-personagem de Assim começa o mal, romance de Javier Marías, lançado no segundo semestre de 2015 aqui no Brasil.

Na Madri pós-ditadura franquista, o jovem De Vere se vê envolvido em uma história pautada por desejos, rumores e segredos. Juan trabalha como assistente de Eduardo Muriel, cineasta que já viveu seu auge e tem um casamento conturbado, cheio de mistérios. Por conta de suas funções, Juan fica hospedado durante longos períodos na casa dos patrões e, aos poucos, passa de testemunha a ator coadjuvante da jornada dessa família.

Além da história íntima dos Muriel e de De Vere, o livro traz a cena política da Espanha dos anos 80 – um país imerso no dilema de como enfrentar as recordações dos anos truculentos da ditadura. Silenciar e deixar pra trás? Reescrever as cenas mais tristes? Amenizar os fatos em nome da boa convivência? Julgar e nomear vilões e heróis?

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