Tag: clube do livros achados e lidos

[Laços] Semana #1

Todos prontos para começar mais um Clube do Livro? Para esta nona edição selecionamos Laços, do autor italiano Domenico Starnone, tido por muitos como o marido de Elena Ferrante. Embora já tenha publicado treze livros, esse é o primeiro volume do autor a ser lançado no Brasil, pela editora Todavia, com lindo projeto gráfico e introdução de Jhumpa Lahiri. Para a semana que vem, vamos até a página 32!

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Durante a Festa Literária de Paraty (Flip) deste ano, encontramos um ex-colega de trabalho que, de forma muito animada, comentou sobre um lançamento prometido para o  segundo semestre: um livro supostamente escrito pelo marido de Elena Ferrante (autora que se tornou sensação com a publicação da Série Napolitana, já resenhada pelo blog, mas cuja identidade é desconhecida).

O mistério surgiu por alguns motivos. Domenico Starnone, autor de Laços, selecionado como nono título do Clube do Livro do Achados & Lidos, é de fato casado com a tradutora italiana Anita Raja, a quem o jornalista Claudio Gatti atribuiu a identidade de Elena Ferrrante, ao cruzar extratos bancários e notar uma súbita elevação de patrimônio, não condizente com seu ofício regular, ao mesmo tempo em que os livros de Ferrante vendiam como água pelo mundo.

Leia mais

[Nossa Senhora do Nilo] Semana #5

Nessa última leitura, dois temas se sobressaíram: a apropriação do território e das riquezas ruandesas pelos colonizadores brancos e a condição frágil da mulher na sociedade. Scholastique Mukasonga segue nos surpreendendo com sua habilidade para contar histórias e com um texto que consegue ser sutil sem perder o impacto. Para a próxima semana, vamos até a página 177.

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

“Os Gorilas” foi, até o momento, o capítulo que mais nos surpreendeu, pela fluência da prosa e profundidade crítica. Na última semana, quando vimos o título desse trecho foi difícil segurar a leitura. Por que será? A resposta estava na própria narrativa: porque os gorilas representam o imaginário – limitado, diga-se de passagem – que temos sobre Ruanda e sobre a África em geral.

Do alto de nossa cultura ocidentalizada, estávamos esperando boas passagens de aventuras com os grandes animais, tais quais os filmes que as garotas do liceu lembram ironicamente, durante uma conversa sobre como os colonizadores se apropriaram até mesmo da proteção dos gorilas. A mulher branca que não deixava nenhum ruandês se aproximar desses bichos é um bom exemplo da situação.

Mesmo esses europeus interessados na preservação da natureza, que provavelmente não eram numerosos, chegavam com uma postura arrogante, como se conhecessem mais dos gorilas e seus hábitos que o povo local. Os ruandeses, na visão deles, seriam ignorantes que não sabiam como proteger a riqueza que tinham e precisavam de alguém para ensiná-los:

Leia mais

© 2024 Achados & Lidos

Desenvolvido por Stephany TiveronInício ↑