Todos prontos para o clássico francês? Vocês escolheram por meio de votação nas redes sociais o título do nosso terceiro Clube do Livro: A Besta Humana, de Émile Zola! Para a próxima semana, faremos a leitura dos dois primeiros capítulos, da página 21 a 82, se você tem a edição da foto.

Esse romance faz parte de um extenso projeto do escritor francês, intitulado Os Rougon-Macquart: História natural e social de uma família sob o Segundo Império. A Besta Humana é o 17º livro da série, que conta com 20 títulos no total.

Na introdução desta edição da Zahar, temos um ótimo texto de Jorge Bastos sobre o contexto da obra de Zola. Bastos explica que, embora a série dos Rougon-Macquart tenha um formato parecido com A Comédia Humana, de Honoré de Balzac, as teses literárias que guiaram os autores são diferentes.

Os dois projetos dispõem de romances que podem ser lidos em ordem aleatória, sem prejuízo de compreensão, mas enquanto Balzac, que era de uma geração anterior a Zola, aposta em uma abordagem social, o escritor de A Besta Humana trabalha com um viés mais científico. O realismo, que antes havia substituído o melodrama excessivo do romantismo, agora dá lugar ao naturalismo. Bastos reproduz o trecho de um texto bastante explícito que Zola escreveu em 1869 intitulado A Diferença entre mim e Balzac:

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