Tag: Ievgueni Zamiátin

[Resenha] Nós

As distopias voltaram a ganhar espaço nas prateleiras de livrarias ao longo do ano passado, à medida que o mundo real parecia se aproximar cada vez mais dos sombrios totalitarismos expostos na ficção, com a ascensão da extrema direita que culminou na eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos.

Em consonância com esse momento, a editora Aleph lançou no ano passado uma nova (e caprichadíssima) edição de Nós (323 páginas, quatro estrelas) , do russo Ievguêni Zamiátin, um dos precursores do gênero. Escrito em 1924, o romance foi censurado na União Soviética, por ter sido considerado ˜ideologicamente indesejável˜, e foi publicado primeiro em inglês, nos Estados Unidos.

O regime russo ainda estava distante dos expurgos de 1936, mas já se incomodava com o mundo mecanizado imaginado por Zamiátin nesta história. Passada em um futuro alguns séculos distante, escrito na forma de diário, o romance retrata a vida de D-503, um engenheiro totalmente fiel aos preceitos do Estado Único.

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[Lista] 5 livros sobre a Rússia

Hoje é dia de mais uma lista temática sobre os 100 anos da Revolução Russa, celebrada neste mês de novembro. Dessa vez, não trouxemos apenas autores russos, mas listamos cinco obras que, de algum modo, falam da história desse país: dos acontecimentos que levaram à Revolução aos difíceis anos de perseguição política e autoritarismo sob o comando de Stálin. Ficou curioso? Aproveite as sugestões de leitura abaixo e aguarde: ainda teremos outros conteúdos especiais sobre a Rússia ao longo de novembro!

Os Romanov resenha Companhia das Letras1. Os Románov, de Simon Sebag Montefiore: Difícil começar uma lista sobre a história russa sem falar da dinastia mais importante dos tempos modernos. O império dos Románov, que chegou a abarcar um sexto da superfície terrestre, durou cerca de três séculos, até que Nicolas II fosse destituído do poder pelos bolcheviques em 1917, com o subsequente assassinato de sua família.

Em Petrogrado, no dia 25 de outubro de 1917, os bolcheviques tomaram o poder. “Uma segunda revolução”, escreveu Alexandra três dias depois. Quando os alemães avançaram na Rússia, o líder bolchevique Lênin decidiu imediatamente se retirar da guerra, o que deixou Nicky indignado: “Como esses bolcheviques salafrários têm o descaramento de pôr em prática seu sonho oculto de propor paz ao inimigo?”.

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