Tag: santiago

[Resenha] Sepulcros de Vaqueiros

Sepulcros de Vaqueros (Alfaguara, 196 páginas, ainda sem tradução para o português) é um deleite para os leitores iniciados na obra do chileno Roberto Bolaño. Com várias referências a outras produções do escritor, as três histórias que compõem essa publicação póstuma – PatriaSepulcros de Vaqueros e Comedia del Horror de Francia – datam dos anos 90 e 2000.

Todas trazem temas caros à escrita de Bolaño – a violência, a ditadura chilena, a América Latina, a juventude, a literatura e a ficção científica. A resistência aos finais definitivos, característica marcante em seus romances, ganha ainda mais força nessas narrativas curtas.

Por serem textos que, provavelmente, ficaram sem conclusão ou foram aprimorados posteriormente em obras de maior fôlego, nas três histórias dessa coletânea, é possível assistir aos bastidores da escrita de um grande autor. Nessas narrativas, embora não se encontre o crème de la crème de sua literatura, desfruta-se um Bolaño mais livre e não menos genial.

Leia mais

[Lista] 5 livrarias que valem a visita

Há algum tempo comentei por aqui que ir a livrarias não é, para mim, uma atividade puramente comercial. Sempre presente nos meus roteiros de viagem, o turismo literário já me rendeu ótimos passeios. Por isso, a lista da vez é sobre livrarias que visitei e que recomendo para todos os apaixonados por livros!

1. Shakespeare and Company, em Paris: entrar na Shakespeare é se sentir em uma atmosfera que vive literatura em todas as formas, muito além dos livros. Sua história começou nos anos 20 com a americana expatriada Sylvia Beach. Ela fundou esse espaço que, além de vender e emprestar livros, tinha na lista de frequentadores assíduos grandes nomes da chamada Geração Perdida – Hemingway, Fitzgerald, Pound e Joyce são alguns dos que passavam horas lendo e escrevendo no local. Não à toa, a livraria aparece no filme Meia-noite em Paris, de Woody Allen. Beach fechou as portas durante a ocupação nazista e nunca reabriu o negócio.

Leia mais

Eu visito livrarias

Eu visito livrarias. É isso mesmo: ir à livraria para mim é mais do que sair para fazer uma compra, é um programa de lazer, é turismo. Lógico que, dificilmente, saio de lá sem uma sacolinha que seja, mas consigo passar horas andando pelos corredores, admirando as estantes, tentando entender sua organização (que às vezes não existe) e lendo orelhas de livro ao acaso.

Gosto de livrarias grandes, pela variedade que podem oferecer, mas tenho um carinho especial pelas livrarias pequenas. Vocês se lembram do filme Mensagem para Você?, com Tom Hanks e Meg Ryan? Pois bem, eu sou do tipo que prefere a loja da Kathleen, que é pequena e de bairro, à megalivraria de Joe Fox.

Me parece que o ambiente e a seleção de títulos nas livrarias menores tendem a ser mais acolhedores e interessantes. Acho que há um toque pessoal do dono nas escolhas dos livros que estão nas prateleiras e na organização. Pode ser que eu esteja imaginando tudo isso, mas se eu tivesse um pequeno negócio desse tipo, seria assim.

No entanto, para visitar livrarias é preciso ser um leitor independente e não atrapalhar o trabalho dos livreiros. Como, algumas vezes, só quero ver a capa do livro por curiosidade ou dar aquela folheada nas páginas, sentir o cheirinho de novo, eu mesma procuro e depois de olhar devolvo exatamente no mesmo lugar. Mudar livros de lugar não é permitido em turismo literário. Meu princípio é simples: não gosto quando bagunçam minha estante, por isso não farei isso com a dos outros!

Leia mais

© 2024 Achados & Lidos

Desenvolvido por Stephany TiveronInício ↑