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[Lista] 5 livros menos conhecidos de grandes escritores

Quer conhecer a escrita de autores clássicos, mas está sem coragem para enfrentar logo de cara os calhamaços mais famosos? Ou, então, já leu vários livros de um grande escritor e está procurando títulos menos conhecidos para se aprofundar em sua obra? Esta lista será útil para você! Selecionamos cinco livros que, embora não sejam os mais célebres desses autores, são ótimos representantes da sua literatura.

1. Salões de Paris, de Marcel Proust: quando se fala de Proust, o primeiro nome que vem à cabeça é Em Busca do Tempo Perdido. No entanto, é preciso bastante dedicação para concluir os sete volumes dessa obra-prima. Caso falte disposição, não se preocupe. Isso não quer dizer que você não possa conhecer a escrita ímpar desse ícone da literatura francesa.

Salões de Paris reúne 22 textos de Proust, publicados entre o final do século XIX e início do XX, a maioria deles no Le Figaro. Nessa coletânea, é revelada a faceta do Proust jornalista que, em muitos aspectos, lembra a do célebre Proust romancista. De crônicas que versam sobre as festas requintadas da Paris do início do século XX até ensaios que refletem sobre memória e família, nesse livro, é possível apreciar toda exuberância do rebuscado estilo proustiano.

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“… e se por vezes enveredava por um descaminho, isso se dava porque para muitos simplesmente não existe um caminho certo. Se acaso lhe perguntavam o que afinal de contas pensava em vir a ser neste mundo, respondia com fórmulas variáveis, pois costumava dizer (e até já o inscrevera em seu íntimo) que trazia em si as possibilidades de mil formas diferentes de existência, junto da secreta consciência de que todas no fundo não passavam de puras impossibilidades…”

 

Thomas Mann em Tonio Kröger

[Resenha] A Morte em Veneza e Tonio Kröger

Começo esta resenha com a esperança de que ela inaugure uma longa série dedicada a Thomas Mann. Conheci o escritor alemão graças à belíssima coleção que a Companhia das Letras começou em 2015, com Doutor Fausto e A Morte em Veneza & Tonio Kröger, e seguiu, neste ano, com Os Buddenbrook.

Doutor Fausto e Os Buddenbrook são obras-primas do alemão, que mostrou todo seu fôlego narrativo nesses clássicos de mais de 600 páginas. Como não havia lido nada de Mann ainda, resolvi começar com uma leitura menos densa: A Morte em Veneza & Tonio Kröger. Seria uma espécie de teste para ver se eu poderia comprar, sem remorso de consumismo compulsivo, o restante da coleção. Digamos que o alemão passou com louvor. Que venham os outros livros para minha estante! 🙂

A primeira novela, A Morte em Veneza, conta a história de Gustav von Aschenbach, um célebre escritor obcecado pela perfeição em seu trabalho. Alcançou a fama ainda cedo, mas, nem por isso, superestimava seu talento. Tinha a consciência de que seus feitos eram resultado de autocontrole e muita disciplina, como vemos neste trecho:

Verdade é que desde a sua juventude Aschenbach considerara a pouca satisfação consigo mesmo a essência e íntima natureza do talento. Por causa dela, tinha o hábito de reprimir e temperar o sentimento, sabendo que este tende a se contentar com a aproximação feliz e a perfeição parcial.

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