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[Lista] 5 livros que comprei pelo título

Eu sou do tipo que escreve páginas e páginas sem titubear, mas leva horas ou dias para definir um título e sempre termina usando o mais óbvio de todos. Intitular trabalhos, projetos, textos ou histórias é uma habilidade que sempre admirei, por isso resolvi fazer uma lista com cinco livros que me chamaram atenção pelo nome. A verdade é que alguns deles eu não comprei, ganhei, mas estão aqui, porque tinham títulos tão envolventes que acabaram conquistando prioridade na minha interminável lista de leituras.

1. A Insustentável Leveza do Ser: quando uma história começa com um título desse nível não tem como não ter expectativas altas. E a boa notícia é que o escritor tcheco Milan Kundera não só atende, como supera todas elas. Quatro personagens, Tereza, Tomaz, Sabina e Franz, protagonizam uma história sobre paixões, escolhas, opressão, destino, livre-arbítrio, enfim, sobre a “insustentável leveza” que é existir. Kundera me deixou pensativa da capa à última página, literalmente.

2. Ficando Longe do Fato de Já Estar Meio que Longe de Tudo: quem não fica curioso ao ler esse título? O livro é uma coletânea de alguns dos melhores textos de não-ficção do americano David Foster Wallace. O nome vem do primeiro ensaio, uma reportagem escrita em 1993 e originalmente publicada na Harper’s como Ticket to the Fair. Nela, David relata sua experiência como visitante da Feira Estadual de Illinois, no Meio-Oeste americano. O resultado é um texto que explora as possibilidades do jornalismo literário em uma prosa divertida, irônica e inteligente, que apenas alguém com a língua afiada e o vocabulário vasto de David poderia escrever. O longo título faz parte de uma das frases dessa reportagem. Quando cheguei ao tal trecho, parei, voltei, reli e tive aquela sensação de “uau, isso realmente merecia ser um título!”. Nessa coletânea, há outros artigos com nomes instigantes, como Uma Coisa Supostamente Divertida que Eu Nunca Mais Vou Fazer, outra reportagem que David escreveu para Harper’s e que dá nome a uma coletânea do autor publicada apenas em inglês: A Supposedly Fun Thing I’ll Never Do Again: Essays and Arguments.

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“A verdade era que, lendo e escrevendo sobre como a maior utopia que alguma vez os homens tiveram ao alcance da mão fora pervertida, mergulhando nas catacumbas de uma história que mais parecia um castigo divino que obra de homens ébrios de poder, de ânsias de controle e de pretensões de transcendência histórica, tinha-se aprendido que a verdadeira grandeza humana está na prática da bondade incondicional, na capacidade de dar aos que nada têm não o que nos sobra, e sim uma parte do pouco que temos.”

Leonardo Padura em O Homem que Amava os Cachorros

[Hibisco Roxo] Semana #4

Para a próxima semana, avançamos mais dois capítulos, até a página 172. Vamos passar da metade do livro! Quem aí já está sentindo a tristeza da despedida dos personagens queridos? :’(

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Tia Ifeoma chegou à história para felicidade geral dos leitores e leitoras feministas! Já estávamos ficando agoniadas com a submissão de Mama e Kambili à figura autoritária e machista de Papa.

Ela é viúva e se desdobra para sustentar os três filhos com seu salário, nem sempre pago em dia, de professora universitária. Tem muito afeto e cuidado com o pai, o avô “pagão” de Kambili, e uma relação conturbada com o irmão, o Papa. Ela questiona a intolerância religiosa de Eugene e critica o uso que ele faz do dinheiro, para comprar as crenças e a aprovação das pessoas.

Kambili vê a tia com olhos de curiosidade e admiração ao mesmo tempo. Os cumprimentos efusivos, a risada alta, os comentários ousados: tudo isso é tão distante do comportamento de Mama, a referência feminina mais próxima da menina.

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