“Nada me deixava mais tranquilo, contudo, do que os sons da máquina de escrever vindos do quarto ao lado. Era meu pai, escritor, que trabalhava depois que todos haviam ido dormir. O batuque no teclado, o ronco grave do rolo girando com o papel e a sineta do carro tilintando ao ser devolvido à posição inicial – plim! – me garantiam a presença de um adulto, ali ao lado: se não ao alcance das mãos, ao menos dos ouvidos.”

 

Antonio Prata em Nu, de Botas

Tainara Machado

Tainara Machado

Acredita que a paz interior só pode ser alcançada depois do café da manhã, é refém de livros de capa bonita e não pode ter nas mãos cardápios traduzidos. Formou-se em jornalismo na ECA-USP.
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