Mês: (página 4 de 4)

[Laços] Semana #1

Todos prontos para começar mais um Clube do Livro? Para esta nona edição selecionamos Laços, do autor italiano Domenico Starnone, tido por muitos como o marido de Elena Ferrante. Embora já tenha publicado treze livros, esse é o primeiro volume do autor a ser lançado no Brasil, pela editora Todavia, com lindo projeto gráfico e introdução de Jhumpa Lahiri. Para a semana que vem, vamos até a página 32!

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Durante a Festa Literária de Paraty (Flip) deste ano, encontramos um ex-colega de trabalho que, de forma muito animada, comentou sobre um lançamento prometido para o  segundo semestre: um livro supostamente escrito pelo marido de Elena Ferrante (autora que se tornou sensação com a publicação da Série Napolitana, já resenhada pelo blog, mas cuja identidade é desconhecida).

O mistério surgiu por alguns motivos. Domenico Starnone, autor de Laços, selecionado como nono título do Clube do Livro do Achados & Lidos, é de fato casado com a tradutora italiana Anita Raja, a quem o jornalista Claudio Gatti atribuiu a identidade de Elena Ferrrante, ao cruzar extratos bancários e notar uma súbita elevação de patrimônio, não condizente com seu ofício regular, ao mesmo tempo em que os livros de Ferrante vendiam como água pelo mundo.

Leia mais

[Resenha] A Mãe de Todas as Perguntas

Ler Rebecca Solnit é ter a sensação de que o emaranhado de percepções que você tem sobre o mundo de repente se organiza em uma narrativa clara, que dá vontade de sair contando para todo mundo, tamanha a urgência das suas reflexões. A Mãe de Todas as Perguntas, livro recém-lançado pela Companhia das Letras, reúne ensaios da escritora e historiadora norte-americana sobre os novos feminismos, resgatando as premissas desse movimento e identificando, de maneira objetiva, as forças que tentam neutralizá-lo.

Um dos temas que perpassa quase toda a coletânea é o silêncio. A partir de exemplos passados e atuais, Solnit mostra como a história das mulheres é marcada pelo não dito. Privar-nos dos lugares de fala é, há séculos, a principal estratégia do patriarcado para forjar a legitimidade do seu discurso:

O silêncio é o que permite que as pessoas sofram sem remédio, o que permite que as mentiras e hipocrisias cresçam e floresçam, que os crimes passem impunes. Se nossas vozes são aspectos essenciais da nossa humanidade, ser privado de voz é ser desumanizado ou excluído da sua humanidade. E a história do silêncio é central na história das mulheres.

Leia mais

Post mais recentes

© 2025 Achados & Lidos

Desenvolvido por Stephany TiveronInício ↑