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[Enclausurado] Semana #9

Estamos na reta final da leitura de Enclausurado, de Ian McEwan, e o cerco está se fechando em torno de Trudy e Claude. O trabalho investigativo da polícia segue e, embora os amantes trabalhem para limpar todos os rastros, ainda não é possível comemorar um plano perfeito. Na próxima semana, avançamos mais três capítulos até o final do livro. Estamos curiosas por esse desfecho!

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Quando Elodia chega à casa de Trudy, inicia-se mais um ato bem ensaiado dessa história que é uma verdadeira peça de teatro. Foi ela quem reconheceu o corpo de John no necrotério, fato que a posiciona como uma personagem importante para as investigações policiais e para o sucesso ou o fracasso do plano arquitetado pelos amantes.

Elodia, mais do que ninguém, tem que comprar a ideia de que John era uma pessoa instável e capaz de cometer suicídio. Para o azar de Claude e Trudy, ela chega à mansão convicta de que esse não era o perfil do amigo. A mãe do feto inicia, então, uma atuação emotiva sobre como o ex-marido tinha uma tendência para fazer mal a si mesmo. A declaração de Elodia à polícia acontecerá no dia seguinte. Os assassinos precisam ser rápidos e convincentes.

O aspecto mais marcante dessa cena é a avaliação que o narrador, protegido em seu casulo, faz das agendas ocultas de cada personagem. Ele já conhece bem a mãe e o tio, portanto é capaz de identificar os gestos ensaiados em cada fala. No entanto, ele sabe pouco sobre Elodia. Suas indagações acerca das verdadeiras motivações da poeta deixam no ar o suspense: será que ela está acreditando no que lhe dizem ou só empreendeu aquela visita para confirmar suas suspeitas sobre a culpabilidade da ex-mulher e seu amante?

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[A Besta Humana] Semana #3

Para a próxima semana, avançamos mais dois capítulos, até a página 192 (se você tem a edição da foto).

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Os dois capítulos que acabamos de ler de A Besta Humana marcaram o início das investigações do assassinato do presidente do tribunal de Rouen, Grandmorin. Membro da alta burguesia, Grandmorin foi assassinado em uma viagem de trem de Paris para Le Havre pelo casal Roubaud, depois que o marido descobriu que a esposa, Séverine, teve um caso com seu protetor antes de se casar.

Émile Zola mantém o nível de tensão elevado. Roubaud reassumiu suas funções como subchefe da estação de Le Havre com pretensa calma, mas o tempo todo fica à espreita de qualquer notícia ou informação sobre o assassinato cometido na noite anterior.

Quando a notícia do crime enfim chega à Le Havre, os dois admitem que estavam no trem e que chegaram até a conversar com Grandmorin, mas apresentam supostos álibes entre os passageiros, como o casal que os acompanhou no vagão. Enquanto Roubaud conta sua história a todos da estação, a subserviência de Séverine se faz ainda mais presente do que no primeiro capítulo, quando ela foi brutalmente espancada pelo marido ao revelar, sem querer, seu segredo. Assustada, ela só faz confirmar tudo o que Roubaud diz, com expressões como “Sim, com certeza” e outras frases igualmente pouco assertivas. Embora cúmplice do crime, já estamos na torcida para que ela confesse o ocorrido e coloque o marido atrás das grades.

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