Tag: mistério

[A Besta Humana] Semana #3

Para a próxima semana, avançamos mais dois capítulos, até a página 192 (se você tem a edição da foto).

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Os dois capítulos que acabamos de ler de A Besta Humana marcaram o início das investigações do assassinato do presidente do tribunal de Rouen, Grandmorin. Membro da alta burguesia, Grandmorin foi assassinado em uma viagem de trem de Paris para Le Havre pelo casal Roubaud, depois que o marido descobriu que a esposa, Séverine, teve um caso com seu protetor antes de se casar.

Émile Zola mantém o nível de tensão elevado. Roubaud reassumiu suas funções como subchefe da estação de Le Havre com pretensa calma, mas o tempo todo fica à espreita de qualquer notícia ou informação sobre o assassinato cometido na noite anterior.

Quando a notícia do crime enfim chega à Le Havre, os dois admitem que estavam no trem e que chegaram até a conversar com Grandmorin, mas apresentam supostos álibes entre os passageiros, como o casal que os acompanhou no vagão. Enquanto Roubaud conta sua história a todos da estação, a subserviência de Séverine se faz ainda mais presente do que no primeiro capítulo, quando ela foi brutalmente espancada pelo marido ao revelar, sem querer, seu segredo. Assustada, ela só faz confirmar tudo o que Roubaud diz, com expressões como “Sim, com certeza” e outras frases igualmente pouco assertivas. Embora cúmplice do crime, já estamos na torcida para que ela confesse o ocorrido e coloque o marido atrás das grades.

Leia mais

Do tipo curioso

Ler a última frase do livro antes de terminá-lo. Ou o último parágrafo. Ou a última página. Ou o último capítulo. Nem sempre fui assim. Tudo começou na minha adolescência quando conheci Agatha Christie.

A Rainha do Crime não me deixava seguir a ordem das páginas. Os personagens, as intrigas, as suspeitas surgiam e eu PRECISAVA de uma “dica” de quem cometeu o Assassinato no Expresso do Oriente, quem preparou Um Brinde de Cianureto, quem é a mente maquiavélica que habita A Casa Torta. Pronto, nascia mais uma leitora curiosa.

Ao leitor curioso, nunca faltam desculpas para fingir que ele lê o final por arte do acaso. “Sem querer abri naquela página”. “Uma manchinha no papel me chamou atenção”. “O marcador estava lá e eu precisava dele”. “Tinha uma orelha e eu fui desfazer”. É destino, gente.

Leia mais

© 2024 Achados & Lidos

Desenvolvido por Stephany TiveronInício ↑