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[Resenha] Minha Vida de Menina

Helena Morley começou a escrever Minha Vida de Menina (Companhia de Bolso, 325 páginas) com apenas 13 anos. Isso não significa que ela seja um prodígio da literatura: o livro nada mais é do que um diário adolescente sobre a vida na província. Ao mesmo tempo, é uma leitura saborosa sobre um momento histórico relevante: escrito entre 1893 e 1895, o diário de Morley, pseudônimo de Alice Caldeira Brant, retrata as relações sociais e econômicas em um Brasil afastado das grandes metrópoles e ainda muito marcado pela escravidão, abolida há menos de uma década.

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Morley, apesar da pouca idade, era uma observadora atenta do seu entorno. Filha de mãe brasileira e pais inglês, ela conta, de forma sucinta e bem-humorada, conservando a ingenuidade e o espírito rebelde da adolescência, a relação com os pais, os tios e a avó, a decadência da mineração, a pobreza da família, a vida na escola e os hábitos provincianos de Diamantina, em Minas Gerais, onde nasceu. Leia mais

[Divã] Isso que chamamos de festa!

Para acumuladores de livros compulsivos como nós aqui do Achados e Lidos, há um lugar na terra que se assemelha muito ao paraíso: a Festa do Livro da Universidade de São Paulo (USP). O evento acontece todo fim de novembro e já em outubro começamos a nos preparar. Primeiro vem aquela ansiedade com a divulgação das datas. Depois, a espera pelas editoras participantes e, por último, o catálogo que cada uma vai levar para o evento.

São 150 editoras, mas é possível gastar uma pequena fortuna em apenas duas ou três. A Festa acontece desde 1999, sempre organizada pela Edusp, mas só descobri esse maravilhoso evento em 2008, já no segundo ano de faculdade. Eu e a Mari simplesmente não podíamos acreditar quando descobrimos que a USP, entre tantas maravilhas e coisas nem tão legais assim, contava com uma feira de livros com descontos de no mínimo 50%.

De lá para cá, diria que uns 30% da minha biblioteca foi formada nessas datas. Foi por causa da Festa (e da Editora 34, claro) que me apaixonei pelos russos. Foi lá que completei Em Busca do Tempo Perdido, embora até hoje não tenha conseguido passar do terceiro livro da obra-prima de Marcel Proust.

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