É hora de fazer a lista mais famosa de todas: a de resoluções para o ano-novo! Se vamos cumprir ou não, pouco importa. A graça é planejar e ficar com aquela sensação de que vai dar tudo certo! Listei aqui embaixo cinco metas literárias para 2017. Algumas ainda estão em aberto, por isso conto com sugestões e dicas nos comentários!

1. Calhamaços, aí vou eu!

2016 foi um ano em que li vários livros e conheci muitos escritores novos, mas senti falta de uma leitura extensa, daquelas que nos acompanham por meses e nos fazem chorar de saudade dos personagens quando viramos a última página.

Eu sempre acho que esse tipo de empreitada funciona melhor quando há um grupo de apoio. Afinal, você passa tanto tempo imerso na história que precisa de alguém com quem compartilhar o seu mundo paralelo. Maratonistas de séries do Netflix sabem do que estou falando!

Já tenho algumas opções na estante: volumes 1 e 2 de Minha Luta, do Karl Ove Knausgård; Graça Infinita, do David Foster Wallace (como veem, falhei na meta de terminá-lo ainda neste ano); Pureza, de Jonathan Franzen. Aceito recomendações e convites para grupos de apoio, rs!

2. Cervantes, Tolstói, Mann ou Proust?

Tenho o hábito de anotar na folha de rosto a data em que termino um livro. Estava organizando minhas prateleiras recentemente e reparei que a última vez que li grandes clássicos, como Os Miseráveis, Grandes Esperanças Os Irmãos Karamázov, eu ainda não precisava me preocupar com cremes anti-idade ou contas para pagar. Conclusão: preciso voltar aos grandes clássicos!

Essa meta é quase um complemento da anterior, porque os títulos que tenho em mente para 2017 são verdadeiros calhamaços! Esse tipo de leitura costuma ser mais lenta, não apenas pelo número de páginas. Vocabulário e contexto diferentes exigem um esforço adicional do leitor.

Não vou me iludir e achar que vou ler vários clássicos. Quero escolher pelo menos um para me orgulhar da minha dedicação literária em 2017. Estão na disputa: Miguel de Cervantes, com o box lindo de Dom Quixote que adquiri recentemente; Liev Tolstói, com Guerra e Paz, que tem certa vantagem pelo meu fraco pela literatura russa; Thomas Mann, amor recente com os lançamentos da Companhia das Letras, especialmente Os Buddenbrook e A Montanha Mágica; e, claro, Marcel Proust, minha eterna promessa de ano-novo. Estou no terceiro volume de Em Busca do Tempo Perdido e queria avançar pelo menos mais dois. Qual vocês preferem?

3. Mais poesia, por favor!

Não sou uma leitora de poesias, confesso. Tenho profunda admiração por quem sabe interpretá-las e mais ainda por quem sabe recitar versos de cor. Um dia ainda chego lá.

2017 me parece um bom ano para me aprofundar nesse universo. Estou curiosa para conhecer a Nobel de Literatura Wisława Szymborska, mas estou aberta a sugestões. Preciso de um começo arrebatador, para que minha relação com a poesia seja duradoura!

4. Menos traduções, mais originais

Gosto muito de estudar idiomas e acredito que a leitura é um dos melhores meios para se aprofundar em uma língua. Sou uma admiradora do trabalho dos tradutores, mas é inegável que ler um texto original dá uma satisfação extra. Demora mais? Com certeza! Pode ser frustrante? Algumas vezes, sim. Mas vale o esforço!

Em 2016, melhorei bastante nesse quesito, me aventurando no inglês, no francês e no espanhol. Para 2017, tenho um James Joyce (A Portrait of the Artist as a Young Man) e um Roberto Bolaño (Los Detectives Salvajes) esperando aqui na estante.

5. Comprar menos, emprestar mais

Editoras e livrarias sempre puderam contar comigo para garantir um balanço positivo no final do ano, mas em 2017 quero ser uma pessoa menos consumista.

Assim como a leitura de calhamaços, esse item merece um grupo de apoio. Compradores compulsivos de livros, uni-vos! E me ajudem, porque não sei nem por onde começar, rs!

Já tentei restringir o número de títulos comprados por mês, mas sempre chega aquele lançamento e estraga tudo. Quando pego livros emprestados, acabo gostando muito e parece errado não ter um exemplar na minha estante (vai que algum dia dá vontade de reler algum trecho…). Entro no e-commerce decidida a colocar um livro no carrinho e esbarro no frete grátis. Procuro desviar de promoções, mas 40% de desconto já é covardia. Para o bem do meu bolso, o estoque da Cosac Naify na Amazon precisa acabar logo.

Sem dúvida, essa é a mais difícil de todas as metas da minha lista.

E você, tem alguma resolução de ano-novo parecida? Conte-nos seus planos literários para 2017!

Mariane Domingos

Mariane Domingos

Eu amo uma boa história. Se estiver em um livro, melhor ainda. / I love a good story. If it has been told in a book, even better.
Mariane Domingos

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