O Mestre e Margarida, de Mikhail Bulgákov, foi sem dúvidas uma das leituras mais divertidas – e desafiantes – que fizemos ao longo desses doze Clubes do Livro do Achados e Lidos, como apontam os leitores que nos enviaram os comentários que reproduzimos abaixo.

A visita do Diabo e sua trupe à Moscou rende cenas insólitas, como o baile da meia noite, e também reflexões importantes sobre livre arbítrio, tentação e religiosidade. Ainda assim, em meio a uma miríade de personagens e referências rebuscadas, que vão do Inferno de Dante ao Fausto de Goethe, esse é um livro que exige dedicação do leitor, como podemos perceber nos comentários que recebemos de nossos seguidores.

Mais uma vez, agradecemos à participação de nossos leitores! Em breve retomaremos os Clubes, agora em um novo formato, pensado para aumentar ainda mais a discussão! Fiquem ligados em nossas redes sociais!

Ana Athanásio

“Adorei o livro deste clube. Para começar, achei genial a reinvenção do mito fáustico por Bulgákov transportando isso para a Rússia soviética. No começo senti um pouco de estranheza no ritmo do livro, já que é diferente da literatura russa clássica que estamos acostumados, mas esse sentimento durou um ou dois capítulos. Sem sombra de dúvidas um dos melhores livros lidos no clube.”

 

Lilian Cantafaro

Com uma escrita primorosa e uma criatividade inteligentíssima, O Mestre e Margarida traz histórias que se entrelaçam e se alimentam.

O livro fala de um passado bíblico que parece ter mais fundamentos históricos e ser menos fantástico que o século 20 de Moscou.

Dentre suas várias camadas, que são quase impossíveis de serem desvendadas em uma única leitura, Bulgákov nos conta do processo de criação, destruição e recriação do livro que estamos lendo. 

Bulgakov ainda nos transporta, como numa cápsula do tempo, para um outro momento histórico, nos deixando dar uma espiada na sociedade soviética sob o regime autoritário de Stálin. 

 

Stephany Tiveron

Faz algum tempo que namorava O Mestre e Margarida na estante. Costumava deixá-lo sempre para depois, talvez pelo fato de o livro ser considerado um clássico e ter em seu processo de escrita uma história própria – que vocês, inclusive, comentaram por aqui. O enredo era incrível, mas eu pensava: “eis uma obra que merece atenção redobrada, preciso estar preparada para digerir o que Bulgákov demorou tantos anos para escrever”. Foi, então, que ele apareceu no Clube do Livro!

Comecei a leitura e, quando me dei conta, estava imersa naquele universo de loucura, suspense e sarcasmo da trupe do Diabo. Entre um capítulo e outro, pesquisei sobre “Fausto”, de Goethe, e Pôncio Pilatos. A cada pausa tentava fazer ligações com a Moscou dos anos 1930, entender as críticas, as paródias… e nesse quesito, só tenho a agradecer ao Achados & Lidos. As postagens me ajudaram a revisitar cantinhos do texto que passaram despercebidos, assentar as ideias, respirar e seguir avançando nas páginas.

Terminei a leitura muito contente, O Mestre e Margarida é tudo isso o que dizem mesmo. Eu acho que precisaria repassá-lo mais algumas vezes para captar todas as sutilezas e mensagens deixadas nas entrelinhas, porém, isso não torna a história chata ou entediante. O livro é, afinal, um romance fantástico! Adorei =)

 

Gabi Domingos

Um livro com inúmeras referências. Portanto, O Mestre e Margarida é uma daquelas obras que devem ser relidas, que não se esgotam. 
Uma escrita satírica na qual a ironia permeia todos os fatos narrados e moldam os personagens com humor, dramaticidade e inteligência. 
As fantasias (destaque para o gato e o Teatro Variedades, palco de cenas surpreendentes) e as aventuras dos personagens refletem fatos surreais e peripécias mirabolantes que ao mesmo tempo são descritos de forma que parecem reais. 

Não é uma leitura fácil, mas é um grande e diferente clássico da literatura russa! 

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