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[A Máquina de Fazer Espanhóis] Semana #1

E enfim começamos nosso quarto Clube do Livro! Já estávamos ficando impacientes! A leitura desta semana de A Máquina de Fazer Espanhóis, de Valter Hugo Mãe, avança os dois primeiros capítulos, até a página 45, se você tem a edição da foto ou até a página 30 se você tem a edição da Cosac Naify.

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Quando decidimos propor uma votação para o quarto Clube do Livro do Achados e Lidos, imaginamos que seria uma disputa apertada. Afinal, Elena Ferrante se tornou onipresente nas prateleiras dos mais vendidos nas livrarias e Daniel Galera não lançava um livro desde 2012, o equivalente a uma eternidade para seus leitores.

Qual não foi, então, nossa surpresa ao perceber que a maioria folgada dos votos estava sendo direcionada para Valter Hugo Mãe, com A Máquina de Fazer Espanhóis? Olhando mais de perto, porém, o sucesso desse autor português, nascido em Angola, não espanta.

VHM, como as redes sociais – da qual ele é usuário assíduo – costumam chamá-lo, foi elogiado por José Saramago, único escritor de língua portuguesa a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, o que já deveria contar como uma estátua na estante. Ele também já acumula os Prêmios Saramago e Portugal Telecom.

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[Escritores] Valter Hugo Mãe

Como é possível alguém traduzir nas palavras mais belas certas verdades essenciais que parecem inexplicáveis? Essa é a sensação que fica quando lemos um livro de Valter Hugo Mãe.

Nesta semana, cerca de dois anos depois de conhecê-lo no lançamento de seu romance A Desumanização, eu tive a oportunidade de presenciar mais uma vez a sabedoria desse escritor português nascido em Angola. E acreditem: ouvi-lo é tão bom quanto lê-lo.

Hugo Mãe esteve em São Paulo na última quarta-feira, dia 31, para participar do ciclo de palestras do Fronteiras do Pensamento. Sua relação com a literatura foi o principal tema da conversa, que começou com a leitura do texto Deus era um livro, escrito especialmente para o evento.

Em primeira pessoa, a prosa revela a infância de um menino cujas lembranças literárias mais remotas coincidem com a existência de uma Bíblia em casa. Aquele objeto, tão vivo quanto inanimado, despertava a curiosidade e a imaginação da criança.

Minha avó explicava, “a Bíblia é a esperança… a Escritura sofria”. Lembro-me bem de pensar acerca disso. Durante a profunda atrocidade do mundo, a Bíblia, tão cheia de esperança e tão antiga, sofria. Era um livro magoado. Ela sabia que os erros são cíclicos e que a humanidade aprende pouco. Faz sempre pior do que pode. (…)

Eu imaginava a Bíblia, não a lia. Imaginava. Creio que a frequentava pela sua emanação e não pelo que efetivamente pudesse conter. Fechada na sua história infinita e sagradíssima, eu inventava sua mensagem com todas as forças do meu pensamento, com toda a criatividade de minha ilusão. Enternecia-me com luzes e flores, todas as grandes e pequenas dores, solidões ou fragilidades. Acreditava que ser sagrado vinha de estar atento e proteger.

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Qual título você quer no próximo Clube do Livro?

E lá vamos nós para o nosso 4º Clube do Livro! 🙂 Já tivemos por aqui leituras emocionantes de vários cantos do mundo – Nigéria, Bielorrússia e França. Fomos dos dias atuais aos anos 80 e depois ao século XIX, conhecendo culturas e estilos de escrita totalmente diferentes.

A nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie nos cativou com seus personagens fortes, como Tia Ifeoma e Kambili. Hibisco Roxo é um livro que aborda temas fortes e necessários de forma envolvente, muito próxima do leitor. Foi uma estreia e tanto para o nosso Clube do Livro.

Em seguida, foi a vez de outra escritora que confirma o poder feminino na literatura. A bielorrussa Svetlana Aleksiévicth nos rendeu a impactante leitura de Vozes de Tchernóbil. A academia sueca não se enganou nem um pouco ao lhe dar o Nobel de Literatura em 2015. Ela se destaca pela coragem de contar uma tragédia a partir de um olhar mais humanizado, que vai além da História, e também pela escrita original, que tem como premissa a valorização da voz de quem viveu, e não apenas observou, o desastre. Terminamos esse clube já querendo ler os outros títulos da autora!

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