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[Dicas da Imensidão] Semana #3

A personagem forte e a temática universal são os destaques do segundo conto da coletânea Dicas da Imensidão. Em Bola de Cabelo, Margaret Atwood prende o leitor com uma narrativa que gera, desde o título até o desfecho, curiosidade e reflexão. Para a próxima semana, leremos o conto Ísis na Escuridão, que acaba na página 84. Conte para gente o que você está achando da leitura!

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Com um início, aparentemente desconexo e um tanto grotesco, Margaret Atwood nos apresenta a personagem Kat, uma mulher independente, bem-sucedida profissionalmente, que atravessa uma fase de questionamentos e descobertas acerca de seu próprio corpo e sua personalidade.

A cena que abre a narrativa é a de Kat contemplando um tumor benigno que foi extraído de seu ovário após uma cirurgia. Ela pediu ao médico que conservasse e lhe entregasse o elemento, em uma espécie de ligação afetiva com aquele corpo estranho que havia sido produzido dentro dela.

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[Resenha] História da Menina Perdida

Depois de alguns meses de espera, enfim chegamos ao desfecho da série napolitana de Elena Ferrante, com a publicação de História da Menina Perdida. Depois de três livros centrados na infância, na adolescência e na juventude de Elena e Raffaella, ou Lenú e Lila, como já nos habituamos a chamá-las, o quarto volume da série alcança as duas na maturidade e, depois, na velhice.

O laço que as une continua a funcionar como uma espécie de força gravitacional, que as aproxima e as repele, a depender das condições externas. Elena tenta escapar dessa misteriosa atração jogando-se nos braços de seu amor de infância, Nino, como ela nos informa já na frase de abertura do livro.

A partir de outubro de 1976 até 1979, quando voltei a morar em Nápoles, evitei estabelecer uma relação estável com Lila. Mas não foi fácil. Ela procurou quase imediatamente entrar mais uma vez à força em minha vida, e eu a ignorei, a tolerei, a suportei.

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[O Amor dos Homens Avulsos] [Entrevista] Semana #9

“Mais do que relatar ou criar golpes de trama, quero entender como e por que estar no mundo, fundar mundos possíveis e dialogar com outros seres, sejam eles ficcionais ou não.” Quem acompanhou conosco a leitura de O Amor dos Homens Avulsos enxerga o romance nessa definição. Não poderia ser diferente, já que quem a disse foi o escritor Victor Heringer, em entrevista ao Achados & Lidos.

Heringer ainda afirmou que prefere incorporar os personagens a seu texto, em vez de transpor sua vida para o papel, “até porque não sou tão interessante assim”, diz ele em tom modesto.

Formado em Letras, com mestrado em Teoria Literária, o escritor compartilhou também seus autores preferidos e ainda contou que está trabalhando em um novo livro.

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[O Amor dos Homens Avulsos] Semana #8

Encerramos a leitura de mais uma edição do nosso Clube do Livro! Gostamos muito de O Amor dos Homens Avulsos e, agora, fazemos coro a todas as boas críticas que nos levaram à escolha do título escrito por Victor Heringer. Os últimos capítulos mantiveram a força da narrativa e fecharam de maneira muito coerente a ideia que baseia a história. E vocês, gostaram da leitura de O Amor dos Homens Avulsos? Fiquem ligados: na próxima semana, teremos um post muito especial por aqui!

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

A relação de pai e filho entre Camilo e Renato é finalmente definida. A partir das sutilezas do dia a dia, Victor Heringer mostra como os laços de cuidado e afeto vão se construindo. Dos detalhes da ceia de Natal, que neste ano deveria ser mais especial pela presença do garoto, às broncas pelas travessuras, fica claro que a ternura venceu o ódio:

Onde é que começa o amor ninguém lembra. Os gatilhos do ódio são todos fáceis (…). Aí poderia ter começado o ódio, mas não começou. Poderia ter começado quando o moleque berrou que ele não era seu pai porque foi proibido de ir para rua às oito da noite. Mas não começou.

É assim que Camilo sabe que ama o filho.

O ódio nunca começa quando pode.

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[Lista] 5 personagens trabalhadores

Para celebrar o 1º de Maio, comemorado em todo o mundo como Dia do Trabalho, prestamos homenagens a esses personagens que, assim como nós, pobres mortais, precisam enfrentar chefes, horários e as demais pressões da vida laboral.

Trabalhadores do mundo (da literatura), uni-vos!

1. Macabea, de A Hora da Estrela, de Clarice Lispector: A “delicada e vaga existência” diária de Macabea, a personagem principal desse clássico da literatura brasileira, é preenchida por sua função como datilógrafa, habilidade adquirida em um “curso ralo de como bater à máquina”.

Macabea, uma nordestina de dezenove anos que migrou para o Rio de Janeiro, leva uma vida miserável e sem perspectivas, em um trabalho em que o chefe chega a ameaçar mandá-la embora, mas desiste por sua ingenuidade e delicadeza. Seus dias são preenchidos com pensamentos fantasiosos sobre a infância, a fome e a vontade de ser quem não era.

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