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[O Mestre e Margarida] Semana #1

Literatura russa no Clube do Livro do Achados & Lidos, e estamos como? Empolgadíssimas! Hoje, trouxemos uma breve introdução à obra e, para próxima semana, avançamos os dois primeiros capítulos do livro, até a página 48, se você tem a edição da foto.

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Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Estamos ansiosas pela leitura de O Mestre e Margarida desde o final do ano passado, quando a Editora 34 lançou essa tradução de Irineu Franco Perpetuo a partir da mais recente edição crítica russa.

Os 100 anos da revolução, comemorado em novembro passado, e a agitação em torno da Rússia, que em 2018 é sede da Copa do Mundo, colocaram esse romance novamente sob os holofotes. Decidimos, então, aproveitar o burburinho e propor a leitura compartilhada do famoso livro do russo Mikhail Bulgákov.

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[Canção de Ninar] Semana #10

Para fechar mais uma edição do nosso Clube do Livro, nada melhor do que ouvir as opiniões dos nossos leitores. Agradecemos a todos que acompanharam conosco e esperamos vocês no próximo clube, que traz o clássico russo O Mestre e Margarida, de Mikhail Bulgákov! Leia mais

[Divã] Um caso de amor com a literatura russa

Tudo começou quando fui pela primeira vez à Festa do Livro da USP, em 2008. Nas bancadas da Cosac Naify e da Editora 34, reluziam os clássicos russos – edições lindíssimas e traduções primorosas, todas com 50% de desconto. Daí pra frente, a coleção só aumentou: novos autores, novos títulos e nenhuma decepção.

Não é comum ver literatura russa na grade curricular dos colégios brasileiros. Como meus hábitos literários na infância e na adolescência eram totalmente influenciados pela escola, apenas na faculdade surgiu esse interesse.

Uma das minhas melhores lembranças da graduação de Jornalismo na USP é viver rodeada de leitores ávidos. Não demorou muito para o nome de Dostoiévski se destacar nas conversas, e eu me sentir um pouco envergonhada por não conhecer o autor.

Logo depois da minha primeira Festa do Livro, resolvi a questão. Devorei, em seguida, minhas primeiras aquisições: Anna Kariênina, de Liev Tolstói, e Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski. Não poderia ter iniciado melhor. O atormentado Raskólnikov e a infeliz Anna me acompanharam por meses e meses. Quem me perguntasse sobre literatura naquela época, não ouviria nada diferente de Dostoiévski e Tolstói. Depois de anos tendo apenas Machado de Assis no meu rol de gênios literários, essa lista finalmente crescia.

Mas por que será que a literatura russa atravessa séculos, conquistando tantos leitores? O Brasil é tão distante da Rússia, geograficamente, politicamente e culturalmente. Ainda assim, não faltam fãs da literatura russa por aqui.

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[Resenha] Gente Pobre

Gente Pobre, primeiro romance de Fiódor Dostoiévski, foi publicado quando ele tinha apenas 25 anos. Antes mesmo do lançamento oficial do livro, o escritor já era sensação nos círculos literários russos, que se surpreenderam com a nova abordagem que o jovem trouxe à chamada “escola natural”, corrente do realismo russo em voga na época.

Nesse romance epistolar, Dostoiévski conta a história de Diévuchkin, um funcionário público das escalas mais baixas, e Varvara, uma jovem órfã e injustiçada. Por meio das cartas que os dois amigos trocam, nota-se que, a despeito de toda penúria de recursos que enfrentava, Diévuchkin age como um verdadeiro protetor da garota. Ela, por sua vez, também sempre se mostra disposta a ajudá-lo, sem se importar com os mexericos que tal relação poderia suscitar.

A pobreza dos personagens contrasta com a nobreza de seus sentimentos – uma fórmula até então tímida na literatura russa. Dostoiévski arrisca-se evidenciando que os pobres também eram capazes do comportamento virtuoso que se imaginava exclusividade dos ricos generosos. A classe que sempre fora retratada como receptora da bondade alheia se manifesta solidária, de maneira ainda muito mais genuína do que aqueles que abdicavam de recursos que não lhe fariam falta.

Dostoiévski retrata as classes oprimidas sem cair em uma análise excludente ou superficial, como acontecia nos ensaios fisiológicos dos tipos urbanos, que se apoiavam no mote clichê do homem pobre com destino trágico, uma vítima passiva de infortúnios.

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