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[Hibisco Roxo] Semana #4

Para a próxima semana, avançamos mais dois capítulos, até a página 172. Vamos passar da metade do livro! Quem aí já está sentindo a tristeza da despedida dos personagens queridos? :’(

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Tia Ifeoma chegou à história para felicidade geral dos leitores e leitoras feministas! Já estávamos ficando agoniadas com a submissão de Mama e Kambili à figura autoritária e machista de Papa.

Ela é viúva e se desdobra para sustentar os três filhos com seu salário, nem sempre pago em dia, de professora universitária. Tem muito afeto e cuidado com o pai, o avô “pagão” de Kambili, e uma relação conturbada com o irmão, o Papa. Ela questiona a intolerância religiosa de Eugene e critica o uso que ele faz do dinheiro, para comprar as crenças e a aprovação das pessoas.

Kambili vê a tia com olhos de curiosidade e admiração ao mesmo tempo. Os cumprimentos efusivos, a risada alta, os comentários ousados: tudo isso é tão distante do comportamento de Mama, a referência feminina mais próxima da menina.

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[Hibisco Roxo] Semana #2

Queridos leitores, para estimular o debate, decidimos publicar, em único post, um texto de cada uma sobre os três primeiros capítulos de Hibisco Roxo. Leiam e dividam conosco o que vocês acharam das páginas iniciais da leitura desta semana! Ah, e continuem no ritmo. Semana que vem,  vamos falar por aqui dos próximos dois capítulos do livro (até a página 79, na edição da Companhia das Letras).

Por Tainara Machado

Não gosto de ler contracapas e nem orelhas de livros. Gosto da sensação de iniciar uma leitura sem saber muito bem o que esperar e ser surpreendida. Talvez devesse ter feito isso excepcionalmente para o Clube do Livro, mas mantive a tradição. E, nestas 42 primeiras páginas de Hibisco Roxo, não me arrependi.

Conheci a Chimamanda Ngozi Adichie em uma Flip há muitos anos e adorei Meio Sol Amarelo. Ele é contado a partir de três pontos de vista e tem, como pano de fundo, a guerra que se seguiu à tentativa de criação do estado independente da Biafra. É uma narrativa muito distinta de Americanah, o livro mais recente da Chimamanda. Nele, Ifemelu é uma menina nigeriana que parte para os Estados Unidos e, 15 anos, depois, já uma blogueira bem sucedida, decide voltar à Nigéria e buscar suas raízes.

Com obras tão diferentes no currículo, não sabia muito bem o que esperar de Hibisco, que na verdade foi escrito antes desses outros dois livros. O primeiro capítulo, porém, nos dá algumas pistas importantes e deixa marcados os conflitos que devem nortear a trama.

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[Lista] 10 livros para ler em 2016

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1. Linha M (Patti Smith): Há alguns anos, a cantora e escritora Patti Smith escreveu Só Garotos,  em que fala de sua história ao lado do fotógrafo Robert Mapplethorpe. O livro foi bastante elogiado e peguei ele na mão várias vezes nas livrarias, mas acabei não levando. No ano passado, ela publicou Linha M, sobre perdas, memórias, melancolia. As críticas foram amplamente favoráveis e em breve chega a edição traduzida pela Companhia das Letras. Dessa vez não haverá hesitação na fila do caixa.

2. Minha Luta (Karl Ove Knausgard): Minha Luta é, na verdade, uma (longa) série autobiográfica, que tem início com A Morte do Pai. A New Yorker publicou recentemente um excerto do quinto livro, “Na Academia de Escrita”, e me entusiasmou a enfrentar as quase 3,5 mil páginas dos seis volumes. Vamos ver se não será mais um capítulo da série Eternos Começos.

3. Purity (Jonathan Franzen): Jonathan Franzen foi chamado de “o grande romancista americano” pela revista Time em 2010, quando a publicação colocou seu quarto romance, Liberdade, na capa. Cinco anos depois, o mestre em tratar de dramas típicos de famílias de classe média, volta com Purity,  sobre uma menina de 23 anos afundada em dívidas estudantis, sem saber o que fazer da vida. Ainda não ganhou tradução em português, mas não pretendo esperar até lá.

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[Hibisco Roxo] Semana #1

A leitura é uma atividade solitária, mas fica muito mais prazerosa quando compartilhada. Nós sempre tivemos essa necessidade de dividir textos divertidos, autores novos, trechos inspiradores e qualquer achado que tenha relação com a literatura. Quando decidimos colocar o Achados & Lidos no ar, logo pensamos que seria legal poder ter essa troca com nossos leitores, em um Clube do Livro.

Queríamos começar com algo marcante e ao mesmo tempo atual. Escolhemos, então, a partir de um critério bem específico: escritores dos quais gostaríamos de ser amigas. Chimamanda Ngozi Adichie é jovem, nigeriana, tem uma prosa leve mesmo ao discutir em suas obras questões como imigração, racismo, preconceito e feminismo. O sucesso de Americanah, seu livro mais recente, a colocou em destaque, mas preferimos escolher, para nossa estreia, Hibisco Roxo, de 2003, traduzido pela Companhia das Letras.

Estão todos convidados a participar dessa jornada conosco! Conforme avançamos na leitura, vamos discutindo diversos aspectos – passagens notáveis, personagens queridos, momentos de indignação ou trechos de reflexão. Na próxima semana, teremos um post por aqui sobre os três primeiros capítulos (até a página 42, se você tem a mesma edição que a gente, essa da foto!).

O sucesso dessa seção depende da interação de vocês. Então, corram lá e consigam um exemplar do Hibisco Roxo! Temos certeza de que, ao final dessa leitura, vamos todos querer ser amigos da Chimamanda!

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