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[Resenha] Minha Vida de Menina

Helena Morley começou a escrever Minha Vida de Menina (Companhia de Bolso, 325 páginas) com apenas 13 anos. Isso não significa que ela seja um prodígio da literatura: o livro nada mais é do que um diário adolescente sobre a vida na província. Ao mesmo tempo, é uma leitura saborosa sobre um momento histórico relevante: escrito entre 1893 e 1895, o diário de Morley, pseudônimo de Alice Caldeira Brant, retrata as relações sociais e econômicas em um Brasil afastado das grandes metrópoles e ainda muito marcado pela escravidão, abolida há menos de uma década.

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Morley, apesar da pouca idade, era uma observadora atenta do seu entorno. Filha de mãe brasileira e pais inglês, ela conta, de forma sucinta e bem-humorada, conservando a ingenuidade e o espírito rebelde da adolescência, a relação com os pais, os tios e a avó, a decadência da mineração, a pobreza da família, a vida na escola e os hábitos provincianos de Diamantina, em Minas Gerais, onde nasceu. Leia mais

[Lista] 5 dicas de leitura para um feriado

Feriado prolongado é sinônimo de muita leitura! Esta lista é para você que está procurando dicas do que levar na mala ou uma companhia para dias tranquilos em casa. Do clássico ao contemporâneo, da poesia ao romance, temos opções para todos os gostos.

1. A Dama do Cachorrinho e Outros Contos, de A. P. Tchekhov: o mestre russo Tchekhov – diferente de seus compatriotas Tolstói e Dostoiévski, que confirmaram seu talento em longas novelas – dominava a arte dos contos. Sua narrativa concentra os grandes problemas humanos e o desencanto que é estar no mundo em textos breves, densos de significados e dotados de uma força extraordinária.

Nessa coletânea, estão 36 de seus melhores contos, traduzidos, nessa versão da Editora 34, diretamente do russo por Boris Schnaiderman. “A Dama do Cachorrinho”, que dá título ao livro, é o meu favorito e conta a história de um caso de adultério entre um banqueiro russo e uma jovem que ele conhece durante as férias:

Uma experiência variada, realmente amarga, ensinara-lhe, havia muito, que toda aproximação, a qual constitui a princípio uma variação tão agradável na vida e apresenta-se como uma aventura ligeira e aprazível, converte-se invariavelmente, em se tratando de pessoas corretas, especialmente moscovitas, indecisas e pouco dinâmicas, num verdadeiro problema, extraordinariamente complexo, e a situação, por fim, torna-se verdadeiramente difícil. Mas, a cada novo encontro com uma mulher interessante, essa experiência escapava-lhe da memória, vinha-lhe uma vontade de viver, e tudo parecia simples e divertido.

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