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[Canção de Ninar] Semana #1

A escolha foi difícil! Entre uma história tensa sobre uma família e sua babá e um dos romances clássicos de Jane Austen, vocês escolheram, com 58% dos votos, Canção de Ninarda marroquina Leïla Slimani. Hoje publicamos uma pequena introdução da obra, mas na próxima semana já avançamos até a página 30, na edição da Planeta (foto). Como sempre, também vamos sortear um exemplar do livro, no dia 12 de abril. Para participar, basta acessar o nosso perfil no instagram (@achadoselidos) e seguir as instruções do post oficial!

Mariane Domingos e Tainara Machado

Leïla Slimani tem apenas 37 anos, mas traçou uma ascensão quase meteórica  nos meios literários, com impulso dado por Canção de Ninar. Por essa obra, ela levou o Prêmio Goncourt, a mais prestigiosa láurea concedida para autores que escrevem em francês.

Seu primeiro livro editado no Brasil, Canção de Ninar, explora a evolução das relações familiares a partir da entrada das mulheres no mercado de trabalho, com a presença cada vez mais comum de babás nos lares. Falar desse tema, no entanto, estava lhe impondo um problema: como ela contou em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, seu livro estava ficando chato. Por  isso, decidiu introduzir logo nas duas primeiras páginas uma tragédia que dá o tom de tensão de toda a obra. É por meio desse acontecimento fatal que ela explora a relação aparentemente banal de uma família e a babá de seus dois filhos.

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[Lista] 5 autores para celebrar a literatura francófona

Em 20 de março, celebrou-se o Dia Internacional da Francofonia, a comunidade linguística formada por todos os povos que têm em comum o idioma francês. 57 Estados fazem parte da Organização Internacional da Francofonia – prova de quem diz que estudar francês não é muito prático está redondamente enganado!

Sou uma entusiasta da língua francesa e comecei a estudá-la por uma identificação cultural, em especial com a literatura. Nada melhor, portanto, do que celebrar essa data com uma lista de nomes brilhantes da literatura francesa. On y va! (Vamos lá!)

1. Albert Camus: francês nascido na costa argelina, em uma família pied-noir – termo que designa os cidadãos franceses que viveram no norte africano dominado pela França –, Camus ganhou o Prêmio Nobel em 1957.

A profundidade de suas narrativas curtas, como O Estrangeiro e A Queda, são provas de que boa literatura também se faz em poucas páginas. Sem perder o chão da realidade cotidiana, os romances filosóficos de Camus levam ao extremo a reflexão sobre o sentido da existência humana.

O que é o livre-arbítrio? O destino pode ser controlado? Onde nasce a consciência? Essas são apenas algumas das “perguntas fáceis” propostas em sua escrita, que, nem por isso, é pesada ou incompreensível. Camus sabe equilibrar com maestria, às vezes em uma mesma frase, o banal e o extraordinário, o concreto e o abstrato:

Assaltaram-me as lembranças de uma vida que já não me pertencia, mas onde encontrara as mais pobres e as mais tenazes das minhas alegrias: cheiros de verão, o bairro que eu amava, um certo céu de entardecer, o riso e os vestidos de Marie.

Genial, não?

2. Marcel Proust: como deixá-lo de fora de qualquer lista que celebre a literatura, ainda mais a francesa? Apesar do pouco contato que tive com a obra de Proust (foram apenas dois volumes de Em Busca do Tempo Perdido e a coletânea de crônicas Salões de Paris), não hesito em afirmar que sua habilidade com as palavras é inigualável. A narrativa proustiana é sinônimo de beleza e elegância:

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