Tag: domenico starnone (página 2 de 3)

[Laços] Semana #6

A leitura de Laços, de Domenico Starnone, continua a nos surpreender por sua intensidade. No último trecho, vemos que de fato um relacionamento tão fraturado quanto o de Aldo e Vanda só pode ser remendado superficialmente. Na próxima semana, nos despedirmos deste pequeno grande livro! Está acompanhando a leitura com a gente? Então não deixe de compartilhar suas impressões aqui com a gente!

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Com alguns amigos que também estão acompanhando a leitura conosco, discutimos recentemente sobre a opção de Starnone pela primeira pessoa para a condução da narrativa em Laços.

Em um primeiro momento, somos tomados por uma angústia colérica a partir do ponto de vista de Vanda, que escreve cartas para o marido no período de cinco anos em que eles ficaram afastados.

Quando Aldo assume a condução da narrativa, esperamos de certa forma que ele se contraponha ao que acabamos de ler, que reaja, que mostre até que ponto podemos enlouquecer quando tomados pela dor da traição.

Leia mais

[Laços] Semana #5

E aí, o que acharam das confissões de Aldo neste último trecho lido? Qual a sua reação diante do outro lado da história que lemos no comecinho do romance? Na próxima semana, avançamos até a página 118.

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Aldo reconta a si mesmo, mais do que ao leitor, a história do período em que se separou de Vanda. Finalmente, podemos ouvir o outro lado daquela narrativa conturbada das cartas que marcam o início do livro. Descobrimos que, enquanto Vanda vociferava suas mágoas, Aldo vivia seu sonho de liberdade.

É interessante como Domenico Starnone usa o tempo para criar dois personagens diferentes no mesmo personagem. O Aldo que abandonou Vanda não é o mesmo que agora recorda aquele período. Seu comportamento, que outrora lhe parecia legítimo e natural, se torna duvidoso nessa nova perspectiva.

Leia mais

[Laços] Semana #4

O que vem depois do choque diante do caos material? Mais caos, agora sentimental? No trecho de Laços lido na última semana, Domenico Starnone comprova todo potencial de sua prosa ao costurar um retorno sofisticado, em termos narrativos, ao passado conturbado que abriu o romance. As cartas de Vanda estão de volta, décadas depois, e prometem reflexões valiosas. Para a próxima semana, vamos até a página 101.

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Os objetos começam a ganhar vida em Laços. Depois do susto inicial pelo apartamento revirado, Aldo e Vanda têm que lidar com todas aquelas memórias ali expostas em formato de cacos e objetos espalhados. Aos poucos, o caos material vai se transformando em um caos sentimental.

Aldo logo percebe os perigos de deixar aquela bagunça à mostra. Ele teme que algum item perdido ou danificado seja um gatilho para alguma memória dolorosa de Vanda. Aldo não imaginava que ele seria a primeira vítima.

Leia mais

[Laços] Semana #3

A mudança de narrador, em Laços, de Domenico Starnone (Ed. Todavia), aprofundou o perfil psicológico dos personagens, enquanto fazemos, ao lado de Aldo e Vanda, um inventário de um apartamento destroçado. A proximidade dessa narrativa com Dias de Abandono, de Elena Ferrante, também fica mais visível a cada página. Está gostando da nona edição do Clube do Livro do Achados & Lidos? Conte para gente o que te marcou neste livro até aqui! Para a próxima semana, vamos até a página 80.

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Laços está dividido em três livros: três pontos de vista sobre um passado comum. Na primeira parte, acompanhamos anos de amargura de Vanda, por meio de cartas dirigidas a Aldo, nas quais ela relata a dor do abandono, as dificuldades na criação dos filhos, as angústias de uma vida solitária.

No segundo livro, o narrador é Aldo e o passado ficou para trás. Aldo e Vanda estão juntos novamente e apenas alguns lampejos na narrativa sugerem o passado de mágoas da primeira parte.

Leia mais

[Laços] Semana #2

O ótimo prefácio da escritora Jhumpa Lahiri elevou nossas expectativas em relação a Laços, de Domenico Starnone! A sofisticação narrativa e a temática universal evidenciadas em sua análise já deram mostras nessa primeira parte do romance. O difícil é interromper a leitura, rs! Para a próxima semana, avançamos até a página 57.

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

O início de Laços já é inquietante. A prosa de Starnone aguça a curiosidade, incomoda e envolve o leitor.

A história da família protagonista é introduzida pelas cartas da esposa a Aldo, o marido que a abandonou. Em pouco menos de vinte páginas, Starnone percorre com uma força narrativa admirável os vários estágios de uma separação dolorosa. Primeiro, as tentativas de compreensão. Em seguida, a raiva, o desespero e a apatia misturada à exaustão.

Assim como a autora das cartas, queremos entender o que aconteceu. Começamos desconfiados, com uma curiosidade mais racional, apenas buscando desvendar a trama. Mas, não demora muito, a angústia que transborda do relato da narradora nos contagia. Nem bem entrou na história, já sentimos um desafeto pela figura de Aldo.

Ele aparece como alguém egoísta, que não sabe bem o que quer e não hesita em afundar as pessoas próximas em sua confusão. Os trechos em que a esposa tenta encontrar uma explicação para a partida do marido trazem algumas reflexões interessantes que se aplicam a qualquer relação humana, não apenas ao casamento.

Leia mais

Posts mais antigos Post mais recentes

© 2024 Achados & Lidos

Desenvolvido por Stephany TiveronInício ↑