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[O Amor dos Homens Avulsos] Semana #5

Ideias sobre o significado do primeiro amor e as dificuldades de lidar com o desaparecimento das pessoas foram destaque nesta última leitura de O Amor dos Homens Avulsos, de Victor Heringer. Cada vez mais, aparecem trechos do Camilo adulto, lutando para não perder as lembranças que lhe restam de Cosme. Para a próxima semana, vamos até  capítulo 64, na página 107.

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

A partir de um narrador mais velho e desesperançoso com a vida que lhe resta, O Amor dos Homens Avulsos recupera o poder das descobertas e  dos inícios. Camilo e Cosmim, soltos pelas ruas do bairro do Queím, começam juntos, com o restante dos meninos do bairro, a desbravar a sexualidade.

Em uma tarde, os meninos se juntam na ex-senzala em uma rodinha, e aos poucos Camilo entende que aquilo será uma sessão de masturbação coletiva. Apesar do desconforto que o domina, a cena ganha contornos de ternura com o gesto de intimidade trocado por ele e Cosme. Enquanto os meninos tiram as calças e começam a atividade coletiva, o narrador fica perdido, sem reconhecer naqueles gestos suas próprias práticas. Com um meneio de cabeça, Cosmim lhe mostra o caminho, um momento que ficará para sempre gravado na memória do narrador.

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[Resenha] Ronda da Noite

As ruas da Paris ocupada pelos nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial, são o palco onde se desenvolve a prosa intrincada e envolvente de Ronda da Noite, do escritor Nobel de Literatura Patrick Modiano. Embora sejam inebriantes as descrições dos bairros, dos pontos turísticos e das estações de metrô da capital francesa, a verdadeira ronda conduzida pelo escritor caminha não por essas ruas, mas pela consciência do narrador – um agente duplo que trabalha tanto para a Gestapo Francesa quanto para a Resistência.

Ao mesmo tempo em que redescobre os lugares que outrora renderam a Paris a alcunha de cidade luz, o personagem tenta reencontrar a identidade que lhe foi roubada pela extenuante tarefa de viver sempre sob uma máscara. Tal qual a capital francesa, o narrador enfrenta um período de trevas em que tudo parece ou lembra algum traço do que ele já foi, mas não é mais:

Agente duplo? Ou triplo? Eu não sabia mais quem eu era. Meu comandante, eu não existo.

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[Divã] Os clássicos são machistas?

Já falamos aqui de grandes autoras, de feminismo na literatura, de personagens que amamos, mas um assunto que foi tratado só por tabela, de certa forma, é o machismo na literatura.

O que me fez pensar sobre o assunto foi a lista, publicada há duas semanas, com 5 traições famosas na literatura. O que primeiro veio à mente foram os clássicos do gênero: Madame Bovary, Anna Kariênina, O Primo Basílio, Dom Casmurro… Hum, pera aí, é uma lista só com mulheres no papel de traidora!

Pensei, pensei, pensei e não consegui encontrar nenhum exemplo, ao menos na minha estante, de um clássico da literatura em que a traição de um homem não seja algo supérfluo para a história, banal, esperado, até formador de caráter do personagem. Acabei terminando a lista com Hamlet e a A Besta Humana, no qual as traições são parte de um contexto mais amplo de vingança e assassinato. Ainda assim, também nesses casos, as adúlteras são as mulheres.

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Feliz Páscoa!

É assim que imaginamos a maioria dos nossos leitores neste momento! Chocolate + livros = <3. Desejamos uma ótima Páscoa a todos vocês!

“Quando éramos todos jovens, chocolate era Chokito. A gente pedia uns trocados para a mãe ou para o pai e ia feliz até a padoca comprar um Chokito. Mas isso foi antes do chocolate virar o que virou. E isso é muito bom. A gente aprende que Chokito nem poderia ser considerado um chocolate, mas um confeito, e nosso paladar se aperfeiçoa a tal ponto que, de repente, a gente não consegue nem sentir o cheiro de algo que tenha menos de 63,5% de cacau!”

 

Rita Lobo em Panelinha – Receitas que funcionam

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