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[Lista] 5 perfis paternos na literatura

A lista de hoje está bem eclética, no clima de Dia dos Pais, comemorado ontem! Dos clássicos até a literatura contemporânea, buscamos na estante algumas figuras paternas famosas no mundo dos livros, seja pelo exemplo, seja pela falta dele!

Lembrou de algum pai que ficou de fora? Conte para gente nos comentários!

1. Hamlet, de William Shakespeare: Nesta célebre história, o pai de Hamlet, príncipe da Dinamarca, passa a assombrá-lo após a sua morte, acusando seu irmão de tê-lo assassinado para se casar com sua mulher, Ofélia. Hamlet então decide armar um plano para descobrir se seu pai estava falando a verdade ou não. Ao explorar o limite entre a sanidade e a loucura, essa obra-prima da literatura inglesa influenciou inúmeros escritores, de James Joyce a Ian McEwan. 

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[Divã] Literatura além dos livros

“Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” Será que a arte segue a máxima de Lavoisier? Recentemente, tive uma ótima (e produtiva!) discussão entre amigos sobre esse tema, e resolvi trazê-lo para o blog.

Quantas adaptações – musicais, cinema, teatro – você já viu de Os Miseráveis, de Victor Hugo? E de Romeu e Julieta? Quais histórias habitam tanto a sua estante de livros quanto sua prateleira de DVDs? O intercâmbio entre a literatura e outras formas de arte não é incomum. Embora os resultados nem sempre sejam satisfatórios (sou do time que sempre prefere o livro), há diversas adaptações bem-sucedidas.

Quando falamos de cinema, e ainda mais de televisão, essa troca desempenha um importante papel na popularização de obras literárias e no incentivo à leitura. No entanto, alguns limites têm que ser observados, para que a referência não se perca em algum momento. Afinal, é tênue e bastante delicada a linha que separa as releituras dos plágios.

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[Lista] 5 traições famosas na literatura

Entre as mentiras mais contadas na literatura, certamente as traições são as mais frequentes. De mulheres infelizes em casamentos arranjados a relações incestuosas, incluindo muitos assassinatos e vinganças, os adultérios são quase onipresentes na literatura. Aqui, listamos cinco livros, já clássicos, em que eles são centrais para a história. Lembram de mais algum? Contem para a gente nos comentários!

FullSizeRender (46) 1. Dom Casmurro, de Machado de Assis: Difícil deixar a obra prima de Machado de Assis de fora de uma lista como essa, mesmo que, para alguns, o livro não se encaixe perfeitamente no tema. A história do relacionamento de Bentinho, um menino que por pouco não seguiu a vida religiosa por causa de uma promessa da mãe, e Capitu, sua vizinha com olhos de ressaca, é fonte de um sem número de análises, todas tentando responder à mesma pergunta: teria Capitu de fato traído o marido com seu melhor amigo?

Há argumentos que pendem para os dois lados. Desde o começo, Bentinho se mostra uma figura possessiva e ciumenta, tentado a encontrar problemas onde eles não existem.

Por falar nisso, é natural que me perguntes se, sendo antes tão cioso dela, não continuei a sê-lo apesar do filho e dos anos. Sim, senhor, continuei. Continuei, a tal ponto que o menor gesto me afligia, a mais ínfima palavra, uma insistência qualquer; muitas vezes só a indiferença bastava. Cheguei a ter ciúmes de tudo e de todos. Um vizinho, um par de valsa, qualquer homem, moço ou maduro, me enchia de terror ou desconfiança.

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[Enclausurado] Semana #9

Estamos na reta final da leitura de Enclausurado, de Ian McEwan, e o cerco está se fechando em torno de Trudy e Claude. O trabalho investigativo da polícia segue e, embora os amantes trabalhem para limpar todos os rastros, ainda não é possível comemorar um plano perfeito. Na próxima semana, avançamos mais três capítulos até o final do livro. Estamos curiosas por esse desfecho!

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

Quando Elodia chega à casa de Trudy, inicia-se mais um ato bem ensaiado dessa história que é uma verdadeira peça de teatro. Foi ela quem reconheceu o corpo de John no necrotério, fato que a posiciona como uma personagem importante para as investigações policiais e para o sucesso ou o fracasso do plano arquitetado pelos amantes.

Elodia, mais do que ninguém, tem que comprar a ideia de que John era uma pessoa instável e capaz de cometer suicídio. Para o azar de Claude e Trudy, ela chega à mansão convicta de que esse não era o perfil do amigo. A mãe do feto inicia, então, uma atuação emotiva sobre como o ex-marido tinha uma tendência para fazer mal a si mesmo. A declaração de Elodia à polícia acontecerá no dia seguinte. Os assassinos precisam ser rápidos e convincentes.

O aspecto mais marcante dessa cena é a avaliação que o narrador, protegido em seu casulo, faz das agendas ocultas de cada personagem. Ele já conhece bem a mãe e o tio, portanto é capaz de identificar os gestos ensaiados em cada fala. No entanto, ele sabe pouco sobre Elodia. Suas indagações acerca das verdadeiras motivações da poeta deixam no ar o suspense: será que ela está acreditando no que lhe dizem ou só empreendeu aquela visita para confirmar suas suspeitas sobre a culpabilidade da ex-mulher e seu amante?

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[Enclausurado] Semana #7

A conspiração entre Claude e Trudy chegou ao fim, mas isso está longe de representar um período de tranquilidade para o narrador, a quem já estamos apegadas. Daqui para frente, o ponto de interrogação em relação ao seu destino fica mais evidente. É a vez de perguntarmos: qual será o destino do feto? Para a próxima semana, avançamos mais dois capítulos, até a página 147.

Por Mariane Domingos e Tainara Machado

A cada capítulo de Enclausurado, Ian McEwan nos dá uma nova aula sobre escrita. Pode soar repetitivo para os leitores que estão acompanhando os posts sobre o livro desde o início, mas é difícil não se impressionar com o domínio do autor inglês sobre a linguagem e a forma, que se reflete em descrições de ambientes, sentimentos e sensações que fazem com que a gente se sinta dentro do útero de Trudy.

O décimo primeiro capítulo poderia, sozinho, fundamentar uma aula de literatura. Primeiro, McEwan apresenta o possível resultado do plano de Trudy e Claude, no qual tudo corre bem, como o planejado: o corpo encontrado morto, com evidências de envenenamento; as motivações para o suicídio bem distribuídas pelo automóvel; a falta de entusiasmo da polícia com uma investigação corriqueira. Os elementos para que o assassinato funcione estão lá, mas McEwan não entrega o ouro de bandeja.

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